ℭ𝔬𝔪𝔭𝔩𝔢𝔱𝔞𝔪𝔢𝔫𝔱𝔢 𝖘𝖚𝖆 (LIVRO 1)

Cap. 6: Decisões

— como você sabe, Brad está preso. — disse Ben — isso não é nada bom. A carreira dos dois está por um fio.

— dos dois? O que eu fiz? — Emma falou indignada.

— você é mulher dele Emma, você foi traída e seu marido está preso. Você foi agredida mas a mídia ainda não sabe. Muitas coisas.

— o que vocês esperam que eu faça?

— bom — disse Ben — estávamos conversando antes de você chegar, as pessoas e a mídia querem respostas. Até agora você não se manifestou. Seria melhor fazer uma coletiva de imprensa.

— coletiva? — Emma riu sarcasticamente — pra quê? Pra falar o quanto Brad é maravilhoso e que eu por acaso escorreguei no banheiro e me machuquei toda? Façam-me o favor.

— Emma — disse Elisa, com os olhos cheios de lágrimas — eu sei que você está zangada com Brad, tem todo direito. Mas por favor, você tem que ajudá- lo. Depois dessa, a revista pode até falir.

— eu não me importo. — disse Emma friamente.

— você não entende? — disse Trevor — se você não fizer nada, a mídia fará. Não vão deixar você em paz e irão fazer especulações horríveis sobre os dois. Não precisa ser uma coletiva, pode ser uma pequena entrevista esclarecedora. Quanto ao Brad, ele que pague sua fiança. Você só irá amenizar as coisas Emma.

— tudo bem, já estou farta disso. Vamos fazer o quanto antes e rápido. Que mentiras tenho que falar?

— que Brad está passando por momentos difíceis com o alcoolismo e que será internado. Que sente muito pelo paparazzi e que vai mandar um presente a ele como desculpas. Sobre a loira, diga que precisa conversar com Brad, sabe que ele está com muitos problemas, então talvez possa perdoá-lo.

— perdoá-lo? — Emma riu. — okay, isso já é demais. Eu vou pedir o divórcio.

— não! Emma por favor — disse Elisa.

— melhor não fazer isso. — disse Ben — Não agora. Espere alguns meses, até a poeira baixar.

— tudo bem então — Emma bufou.

— hoje a noite, no programa The Night. — disse Trevor.

— ok, agora vocês podem me deixar em paz por favor? — disse Emma — Hoje já é quinta e vou viajar no domingo. Ainda tenho que comprar umas roupas.

— comprar roupas? — Elisa se levantou — seu marido está na cadeia e você quer ir comprar roupas?

Emma se levantou para encará-la.

— isso mesmo, se o seu filho estiver na cadeia ou no inferno não tem diferença nenhuma pra mim. Antes eu ainda acreditava que ele voltaria, mas seu filho se tornou um otário que só pensa em sexo com vadias. Ele que se exploda, ele não vai mais se esconder na minha asa. — se retirou da cozinha e voltou pro quarto. Emma nunca era rude, mas não estava aguentando mais.

Michael bateu na porta.

— Ma? Eles já foram. Pode abrir.

— me deixa em paz Michael.

— nem pensar, você ainda não comeu. Se não vir, quebro essa porta e trago você pelos cabelos.

— ai nossa que agressividade — disse Emma abrindo a porta — o que você fez de bom?

— fiz panquecas. — abraçou Emma e a levou para a cozinha — eu vou fazer compras pra você. O que quer?

— quero uma renovação de guarda-roupas. Pode jogar todas as roupas que eu tenho fora, ou doar. Estou cansada de parecer frágil, doce. Compre roupas legais, atrevidas. Muito preto, vermelho e branco.