Capítulo 4-ELOY

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Escuto gritos no andar de baixo, alguém chama pelo meu nome desesperadamente, e pela voz estridente não é ninguém mais, ninguém menos que a minha amada irmãzinha.

Abro os olhos preguiçosamente, vejo o corpo de Lizzie enroscado ao meu, ela dormia tranquilamente, a noite passada havia sido quente, só paramos quando nos sentimos saciados.

A porta do meu quarto é aberta bruscamente, Eloá olha na minha direção e depois uma carranca forma-se em seu rosto ao ver quem está do meu lado.

- Você por acaso é surdo?- fala tão alto que Lizzie acorda e senta-se desnorteada.

- Foi impossível não ouvir seus gritos- resmungo ainda sonolento- e que mania é essa de ir invadindo a minha casa?- ela revira os olhos.

- A culpa não é minha se você estava tão sedento para fuder com essa vadia que deixou a porta destrancada- ela parecia revoltada com o simples fato de eu está com a Lizzie, mas não é em vão, as duas se odiavam no ensino médio.

- Vadia não, me respeita- Lizzie rebate irritada.

- Respeito exijo eu, sou a suprema, agora ordeno que saia, quero falar com o meu irmão- manda com toda a sua glória, seus olhos até ficaram vermelhos.

Percebo que se eu não tomasse uma atitude era capaz da minha irmã arrasta a Lizzie da minha casa pelos cabelos.

- Lizzie, nos falamos depois- peço gentilmente, ela assente, pega as suas roupas e sai, quando escuto a porta da frente ser fechada resolvo enfrentar a minha irmã- qual é o seu problema?- levanto-me e visto uma cueca.

- Eu que lhe pergunto, vive agindo feito um pegador, sem falar que deveria melhorar seus gostos por mulheres- desdenha de mim, sinto a raiva me consumir, ela agia como se eu fosse um canalha.

- Eu não sou nenhum galinha Eloá, não saio pegando e largando as mulheres por aí, fui muito bem criado pela nossa mãe, foda-se que você não se dá bem com a Lizzie, ela é uma amiga e as vezes nos envolvemos, não desconte sua inimizade com ela em mim- desconto minha irritação pela sua atitude nela própria, pela cara que ela fez sei que a atingir, ela sabia que errou em certa parte.

- Desculpa, sei que você não é esse tipo de cara, é que eu me preocupo, não confio na Lizzie e tenho meus motivos, acho que ela ainda vai lhe dá problemas, mas deixa isso para lá, a vida é sua- revira os olhos e senta na ponta da cama.

- Eu sei que se preocupa, entre a Lizzie e eu não há nada sério, ela é consciente disso, o lance acaba quando encontrarmos nossos companheiros- ela me olha e assente, não importa o que eu fale, ela não vai concordar, desisto de tentar fazê-la entender- o que veio fazer aqui?

- Mamãe mandou você dá uma outra olhada na casa da tia Mere, ela está vindo para cá ainda essa madrugada, se tudo dê certo- me informa- agora tenho que ir maninho, tenho muito trabalho.

- Ok, irei dá uma olhada nisso- me aproximo dela e dou um beijo em sua testa- te amo praga, bom trabalho- ela sorri, me dá um beijo na bochecha e sai.

Assim que ela não está mais em minha residência, resolvo fazer minha higiene matinal e tomar banho, para poder terminar de resolver o assunto da casa da tia Mere.

A sua volta definitivamente para Nova York estava deixando todos eufóricos, mamãe e tia Heloísa estão super felizes por sua amiga está retornando e elas retomarem a se juntar em trio, Berê só falta saltitar pelas paredes de tamanha alegria por sua filha esta de volta.

No geral eu fico feliz por ela está de volta, ficou morando na Europa por volta de vinte anos, raramente ficava próxima a sua família, e depois de ter a certeza que nunca terá filhos, nada melhor que está próximo a ela, para ter o máximo de conforto.

Destinada A Um AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora