Capítulo 39

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Olho-me mais uma vez no espelho, tendo a certeza que esse é o vestido que irei ultilizar em meu casamento, ele é manga longa, meio folhadinho, o dorso e as mangas com pequenos desenhos rendados, ele é logo, a saia feita com um pano leve, em um tom branco, meio bege, achei simplesmente perfeito, e destaca a minha barriga de quase cinco meses.

Os últimos meses foi uma correria, tendo ideias para decoração, convites, lembranças, ensaios para o dia, o que achei desnecessário, mas tenta contradizer a minha sogra e cunhada, é um trabalho difícil, porém, essa última semana que está sendo um corre corre.

Meu casamento será daqui a dois dias, no sábado, resolvi comprar o vestido só por agora, pelo simples fato que se comprasse antes eu teria que ficar ajustando o tempo todo para encaixar em minha barriga que não para de crescer.

Meu meninão está forte e saudável, crescendo cada vez mais, deixando-me pesada, não aguento ficar nem dez minutos em pé, que meus pés, minha barriga, tudo dói, estou louca para que ele saia de dentro de mim e que possa tê-lo em meus braços, ansiosa para vê seu lindo rostinho.

- Está morrendo aí Eleanor?- escuto a voz da Eloá, saio do meu pequeno transe e resolvo sair do provador, ficando de frente para a minha sogrinha, minha tia e minhas três madrinhas, vulgo, Eloá, Letícia e Leila.

- Definitivamente é esse, é a sua cara e sua barriga está perfeita nele- Leti comenta e sorrio, me sentando em um dos puffs.

- Mesmo que não fosse minha cara seria esse, eu não aguento mais nenhum segundo ficar em pé, Eloy vai ter que fazer massagem- falo encarando as duas bolas que estão meus pés.

Todos os dias antes de dormir meu homem faz uma pequena massagem em meus pés, na verdade Eloy tem me mimado além do normal, não me deixa fazer nada, realiza todos os meus desejos, só não me carrega no colo por aí porque eu faço o maior escândalo, tem momentos que ele acha que estou aleijada.

- Saudade de quando estava grávida e Joshua fazia minhas vontades, pena que só foi no fim da gravidez, mas valeu a pena, ele se sentia culpado por ter me feito sofrer, então me mimava em dobro- Eloá fala com uma cara nostálgica, ela disse um dia desses que vai fazer questão de ficar grávida novamente só para o marido acompanhar tudo, mas a entendo, ela passou a maior parte da gravidez "sozinha".

- Ok, garotas, vão se trocar para irmos para casa, Eleanor precisa descansar antes do chá de panela- por um momento desejei levantar-me, correr até minha sogra e enche-la de beijos, Mackenzy vem sendo maravilhosa comigo, cuida de mim como se eu fosse a sua filha e sou grata a ela por isso.

Assim que nos trocamos, a vendedora embrulho tanto o meu vestido, quanto o das meninas, em seguida fomos para o caixa pagar, para podermos enfim ir para casa, para eu ter pelo menos algumas horas de descanso antes da festa.
(...)

Solto um grito frustrado por não conseguir por meu bendito sapato, não a uma única posição favorável para eu conseguir fazer isso de uma boa, a minha enorme barriga não permite.

Me jogo para trás segurando a vontade de chorar, benditos hormônios, que me deixam mais emotivas que o normal. Pego os sapatos nas mãos, levanto-me e vou atrás do Eloy, que deve está em algum canto da casa, acredito que no quarto do nosso filho, já que o teimoso fez questão dele mesmo arrumar tudo, não reclamei, só espero que nada caia ou fique fora do lugar.

- ELOY- grito desesperadamente, a raiva me consumindo.

- No quarto do bebê- sigo até a porta de frente a do nosso quarto, abro a mesma e vejo ele mechendo na pequena cômoda, ajeitando alguma coisa.

Sento-me na cadeira de balanço, torcendo para que ela não desarme, vendo que estou segura começo a analisar o quarto, o berço próximo a janela, a cômoda ao lado esquerdo de frente a cadeira de balanço, o trocador ao lado da cômoda, próximo a porta, está simples, porém, muito acolhedor.

Destinada A Um AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora