Capítulo 26

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SEM REVISÃO

Analiso atentamente o anel em meu dedo, não consigo parar de admirá-lo, é tão perfeito, a minha cara, Eloy me conhece tão bem, fez uma escolha maravilhosa, pois eu amei o design desse anel.

Após termos sucumbido ao desejo mais algumas vezes, ajeitamos rapidamente a floricultura e saímos de lá indo na casa da minha sogra, para fazermos o anúncio que estávamos noivos para aqueles que ainda não sabiam.

Mackenzy e tia Mere só faltaram surtar de alegria, Vicktor estava orgulhoso do filho e tio Thomas aparentou está aliviado, as vezes ele é tão exagerado que chega a ser engraçado.

Apesar de termos anunciado a família, Eloy ainda quê fazer uma festa para anunciar a alcatéia, achei um pouco exagerado, mas como é algo importante para ele não relutei diante disso.

O aperto do Eloy folga em minha cintura, aproveito essa deixa para levantar e começar o dia. Estou ansiosa, pois hoje irei inaugurar a minha floricultura, sou apaixonada por aquele lugar, vou fazer o máximo para ele crescer.

Olho o meu homem que está em um sono profundo, está tão tranquilo, acaricio seus cabelos e dou um beijo em sua cabeça, pelo visto hoje é a minha vez de preparar o seu café.

Vou em direção ao banheiro, tomo banho, faço a minha higiene, ao terminar vou para o closet me preparar. Visto um top amarelo de babado, uma saia florida que vai até os pés e uma sandália de tiras douradas, ponho meus adereços, deixo o cabelo solto e desço.

Assim que chego ao térreo sou recebido por Patolino, que desce da sua almofada em cima do sofá, vindo em minha direção, atrás da sua ração. Ponho em sua vasilha o seu café e vou preparar o do Eloy.

Como o homem não come pouco, faço um prato com quatro panquecas de chocolate, bacon e linguiça frita e seu café preto, forte e com açúcar, para não esfriar o líquido, ponho em uma mini garrafa térmica, monto a bandeja e subo em direção ao quarto.

Ponho a bandeja no criado mudo, aproximo-me do Eloy, acaricio o cabelo de forma gentil e ele se remexe, seus olhos abrem um pouco e me encaram.

- Estou indo para a floricultura, seu café está no criado mudo- ele abre um sorriso preguiçoso.

- Certo, mais tarde eu apareço lá- sua voz rouca faz com que meu corpo dê um leve tremor.

- Ok, até mais tarde, te amo- dou um selinho nele, levanto-me e saio do quarto, não antes de vê-lo se virar e voltar a dormir.
(...)

O chão some dos meus pés quando vejo a situação da minha floricultura, como se uma praga tivesse sido jogada todas as flores estavam mortas, é como se aquilo fosse um cemitério, completamente sem vida, fico feliz por ainda ser cedo e as pessoas não estarem caminhando pelas ruas para verem isso.

Ainda chocada com o que está a minha frente, pego a chave para destrancar e adentrar o local, percebo que estou tremendo quando ponho a chave na maçaneta da porta e demoro um pouco para encaixar no local certo.

Por dentro tudo está pior, completamente destruído, as flores da estufa mortas, os vasos quebrados pelo chão, terra espalhada por todo o canto, uma lágrima escapa dos meus olhos, mas trato de enxuga-la.

Um pequeno papel sobre a mesa chama a minha atenção, ele é negro, as palavras escritas nele tem a cor de sangue.

" Vai se arrepender do que fez, nós voltaremos."

Não preciso ser um gênio para saber a quem pertence esse aviso, aquelas malditas bruxas, pensei que tinha me livrado delas, aliás, não há indícios das mesmas desde que Eloy me reclamou, pensei que nunca mais iria tê-las invadido a minha vida.

Destinada A Um AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora