Capítulo 34

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SEM REVISÃO

Acordo gritando, me debatendo e totalmente suada, meu coração parecendo que quer saltar do peito, novamente aquele maldito pesadelo, eu não aguento mais isso, ando pertubada durante toda a semana, desde quando descobri a minha gravidez.

No começo eram as próprias bruxas entrando em minha mente, mas nos últimos três dias tem sido a minha própria mente brincando comigo, já que com a ajuda de Agnes consegui fazer um feitiço leve de bloqueio de mente, nada que arrisque o meu bebê.

Meu bebê, já estou com três semanas, já que antes de sair do hospital naquele dia iniciei o meu pré-natal e descobri que estava com duas, a doutora fez algumas recomendações, a mais difícil de seguir é a de não me estressar, já que está sendo algo impossível.

A porta do meu quarto é aberta com brutalidade, um lobisomem invade o mesmo, semi transformado, faz a análise do local e então me encara preocupado. Ele é um dos meus seguranças, Eloy pôs vários para me seguir, se não estivéssemos em toda essa situação com certeza diria que é um exagero, porém, todo cuidado é pouco.

Ando paranóica, se estou na rua caminho olhando para todos os lados, com medo de está sendo vigiada, seja qualquer lugar que eu esteja estou trancando a porta, até na floricultura só abro a porta quando algum cliente aparece, até porque apesar de tudo a vida continua.

- Tudo bem Luna?- pergunta-me visivelmente preocupado.

- Sim- minha voz sai em um sussurro, olho para o lado e vejo a claridade, devido as cortinas não percebe-se tão facilmente que é dia- foi só um pesadelo.

- Quer que eu ligue para o alfa- nego imediatamente com a cabeça.

- Não, vamos deixa-lo em paz, estou bem- ele olha-me desconfiado, mas assente e sai do quarto.

Fico encarando o nada, estou um tanto aliviada por Eloy não está aqui, ando preocupada com ele, o mesmo não está tendo uma noite de sono tranquila por minha causa, pois acordo gritando no meio da noite, sempre vejo a preocupação e a dor nos seus olhos, pois está sofrendo por mim.

Eu queria tanto que tudo fosse diferente, que estivéssemos felizes com o fato de termos um bebê, é claro que estamos bem com isso, que já o amamos, mas é impossível não se preocupar, temo por meu bebê, e Eloy teme por nós dois.

Saio da cama, minhas pernas ainda estão meio bambas, me mantenho firme e caminho até o banheiro, tiro toda a minha roupa, adentro o box e tomo um banho rápido.

De banho tomado, visto-me e desço para a cozinha preparar o meu café, como estou com desejos estranhos Eloy parou de fazer, pois eu sempre rejeitava e inventava algo para comer.

Abro a geladeira e fico encarando a mesma por longos minutos, vendo o que me bebê quer comer no dia de hoje, por fim pego a garrafa de iogurte de morango, molho de pimenta e mel, bato tudo no liquidificador e misturo com pedaços de morango, ponho tudo em uma pequena tigela e como com gosto.

Assim que dou a última colherada, meu estômago da aquela reviravolta horrível, fazendo-me correr para o banheiro por tudo para fora, até minhas tripas.

- Não sei porque me faz comer tudo isso para me fazer vomitar- falo com a minha barriga que ainda é rasinha, dou um pequeno sorriso, posso está assustada, mas não nego que estou feliz.

Escovo os meus dentes, passo uma água no rosto e saio, hora de trabalhar.
(...)

Ainda não me acostumei com os quatro seguranças que me seguem pela alcatéia, muito menos com os olhares dos habitantes sobre mim, apesar de todos estarem sabendo o que está rolando, tudo para a minha proteção, por não gostar de atenção odeio tudo isso, porém, é um mal ou bem necessário.

Destinada A Um AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora