Capítulo 15

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- Eleanor acorda- sinto meu corpo ser sacudido, resmungo um pouco com vontade de matar a pessoa que me perturba- bora fofinha já é duas horas da tarde- Agnes insisti em me acordar.

- Só mais meia hora- peço e enterro a minha cabeça em meu travesseiro.

- Pensei que você tinha que ajudar o seu namorado a preparar um jantar para os vossos responsáveis, imagina o que seus futuros sogros vão pensar da nora, preguiçosa- levanto e sento-me na cama, encaro-a emburrada.

Agnes tem se tornado uma chantagista, quase teve um surto quando eu lhe disse que enfim Eloy e eu estávamos juntos, desde então ela o tornou seu protegido, se antes era um xamego com ele, agora é mil vezes pior.

- Você está uma chata, não me trata mais como sua Léa, me trocou pelo Eloy- faço um pouco de manha, não nego que sinto ciúmes, sempre tive Ag só para mim, ela revira os olhos.

- Você sempre será minha Léa, mas o Eloy me conquistou, aliás, quem ele não conquista- passa a mão de leve no cabelo, fico incrédula com seu jeito, pego uma das minhas almofadas e jogo nela.

- Eii, tire o olho do meu namorado- brinco e ela faz uma careta.

- E eu lá quero seu namorado, prefiro um negão, forte, bem dotado- arregalo os olhos, Agnes está muito atirada, quem é essa mulher?

- Agnes, sai, como você disse tenho um jantar para fazer- a empurro para fora do quarto, antes que ela diga algo fecho a porta, solto um pequeno riso e concentro-me no que tenho que fazer.

Essa tarde seria um corre corre, ao mesmo tempo que eu curti a ideia, me arrependo de ter marcado esse jantar com os pais de Eloy e meus tios, não é como se a gente não se conhecesse, porém, tio Thomas insistiu muito, queria saber quais eram as intensões do Eloy, pois o mesmo pensa como eu, a ligação é linda, mas pode ser enganosa.

Particularmente, acho que a ligação do Eloy é mais forte que a sua carne, não acho que algum dia ele vá me machucar ou trair, bem antes da gente começar a namorar ele vem sendo uma pessoa maravilhosa.

Apesar de estarmos namorando apenas por uma semanas, estamos bem, nada mudou, só adicionou que agora nos beijamos o tempo todo, mas sem avançar, não que ele não me atisse ou vice versa, mas porque eu ainda não me sinto cem por cento pronta, sem falar que acho muito cedo.

Vou até o meu guarda roupa, procuro uma roupa que eu possa usar essa noite, pois vou me arrumar lá no Eloy mesmo, praticamente vivo na casa dele, já que quando ele vem para cá, tio Thomas não sai do nosso pé.

Com a minha mochila arrumada, tomo um banho rápido, me arrumo e logo saio do quarto. Ao chegar na sala vejo tio Thomas mechendo no notebook, quando sente a minha presença, ergue a cabeça e me encara.

- Posso saber para onde a mocinha vai?- ergue uma sombrancelha.

- Para a casa do Eloy fazer o seu jantar- ele assente, mas continua sério.

- Não avance o sinal- minhas bochechas esquentam.

- Larga de ser chato- dou um beijo em sua bochecha- tchau- enfim consigo sair de casa.
(...)

A porta da casa do Eloy se abre, ele me encara como se eu fosse uma criança que havia acabado de fazer algo de errado, fico confusa e adentro a casa mesmo ele não me dando passagem.

Jogo as minhas coisas no sofá, quando torno a olhar para o Eloy ele ainda me encara, só que agora com os braços cruzados.

- Qual foi?-  o enfrento logo, por algum motivo os seus pensamentos estão bloqueados, isso desde que aceitei namorar com ele, é como se eu aceitar a ligação impedisse que eu invadisse tanto a sua privacidade.

Destinada A Um AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora