8 - Que comece o pega-pega

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Todos concordaram com a diretora, mas a maioria acreditava que aquela brincadeira valeria nota e que não seria nada demais fugir de uma senhora de meia-idade responsável por um grupo de adolescentes

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Todos concordaram com a diretora, mas a maioria acreditava que aquela brincadeira valeria nota e que não seria nada demais fugir de uma senhora de meia-idade responsável por um grupo de adolescentes. No entanto, eles estavam enganados.

A diretora começou a contar: 1...

Cada um por si, todos correram em meio ao desespero, com muitos caindo, empurrando e gritando de medo para não serem os primeiros a serem pegos.

- 2... 3... - A diretora continuava a contar tranquilamente, observando o desespero de todos.

Muitos ainda nem haviam saído do pátio, incluindo Thomas. De imediato, Vitor o puxou pelos braços, pedindo que o seguisse, e assim fizeram.

- 4... 5... - A diretora continuava a contar sem hesitar.

Finalmente, Thomas conseguiu sair da multidão desesperada graças a Vitor. No entanto, Vitor parecia estar pensando em um plano para se esconder da diretora. Sua expressão não era a habitual de um garoto amigável; ele estava sério, e com razão. O pega-pega era muito mais do que um simples jogo.

- 6... 7... - A contagem da diretora prosseguia.

Thomas e Vitor encontraram Marco, Eva e Brenda do lado de fora, desviando das pessoas em pânico. Surpreendentemente, eles pareciam calmos, considerando a gravidade da situação.

- O plano é o seguinte... - disse Marco - Vamos nos dividir em duplas: Thomas e Eva, Vitor e Brenda. Eu irei sozinho. O tempo limite é uma hora. Fiquem escondidos o tempo todo. Se forem encontrados, corram até não aguentar mais. Essa brincadeira pode nos matar um dia!

- 8... 9... - continuava a contagem da diretora.

Thomas e Eva deram as mãos e correram em direção à floresta da escola. Thomas sentiu-se envergonhado por estar sozinho com a pessoa por quem tinha uma certa queda, mas dadas as circunstâncias, não era hora de se preocupar com algo tão insignificante. Era hora de a presa superar o predador.

Vitor e Brenda correram em direção ao jardim, mas mesmo Vitor não conseguia pensar em uma forma de imobilizar a diretora para que as pessoas pudessem fugir para mais longe. Pelo contrário, ele queria que a diretora permanecesse livre para pegar cada vez mais alunos, deixando apenas os melhores ou os mais sortudos. Menos pessoas significavam maior mobilidade.

- 10! - Ao chegar ao último número, a diretora correu em uma velocidade impressionante e pegou oito pessoas de uma vez só. - Faltam 991!

Vitor, que já estava escondido no jardim com Brenda, percebeu que os primeiros a serem pegos foram os alunos sedentários e os nerds imaturos que não se exercitavam porque achavam que eram melhores nas matérias.

- Não adianta ser apenas inteligente, é preciso ter um bom condicionamento físico. Aqui não há união; ou você é inteligente e rápido, ou estará morto! - disse Vitor para Brenda.

O mundo não prometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora