29 - Despedida

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> Domingo, 22 de abril de 2085

Após retornar para o Black School, Marco, que deveria ter fingido fugir, sentiu a necessidade de compartilhar algo importante com seus amigos

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Após retornar para o Black School, Marco, que deveria ter fingido fugir, sentiu a necessidade de compartilhar algo importante com seus amigos.

- Um abismo! - disse Marco nervoso - Do outro lado do muro há um imenso abismo!

- Um abismo? - perguntou Eva com um grito assustado.

- Então é simplesmente impossível pular o muro! - indagou Vitor - Desde o começo, era óbvio que a única saída era pela base dos ignus. A professora Viviane deveria ter nos passado essa informação!

- Isso só nos coagiria a subir na muralha ainda mais! – Retrucou Thomas – Se soubéssemos desde cedo que do outro lado tinha um abismo, já teríamos um plano para fugir pela base dos demônios.

- Todas as outras cinco escolas são simétricas a essa. Seguindo a muralha até o portão principal de cada escola, há uma base com uma ponte, que é a única saída! - explicou Marco - Mas, ainda assim, existem dezenas de ignus vigiando. É impossível fugir daqui!

- Seu idiota! - exclamou Eva - Você poderia ter nos dito isso enquanto estava escondido. Vamos encontrar uma brecha e conseguir fugir!

Eva observou que todos estavam cabisbaixos, com olhares frios e sem esperança.

- Depois de amanhã, seria o dia em que iríamos fugir, mas a diretora quer matar um de nós para abalar a união do grupo e impedir nossa fuga! - disse Thomas - Se Marco desaparecesse, ela levaria outra pessoa do grupo ou aumentaria a segurança!

- Bom, parece que o dia em que teríamos que enfrentar essas criaturas está mais próximo do que imaginávamos! - comentou Vitor, cruzando os braços - Se a única maneira de sair daqui é pela ponte que está sendo vigiada, não seria injusto revelarmos esse segredo para toda a escola e fugirmos pela porta da frente ainda hoje.

- Impossível! - exclamou Marco - E você sabe muito bem que se algo der errado, os ignus poderão entrar. Eu serei levado hoje, e vocês devem pensar em um novo plano.

- Mas por que você, Marco? - chorava Eva como se não houvesse amanhã - Eu não quero que você vá!

Marco abraçou Eva fortemente, ele estava escondendo ao máximo seu medo, mas sua morte parecia ser algo necessário, o grupo precisava estar unido, e já deveriam estar cientes de que, em algum momento, Paige tentaria se livrar de alguém.

- Acabou tudo entre nós dois! - disse Marco - Você merece alguém melhor do que um covarde como eu!

Eva observou o olhar neutro de Marco, era óbvio que ele só estava terminando por que não queria que ela ficasse totalmente abalada com sua morte e que apenas seguisse em frente.

Em um longo suspiro, Marco saiu do dormitório, seguido por Thomas e Vitor, deixando Eva desconsolada. Não era um término que faria aquela dor amenizar.

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