11 - Pizza

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Thomas, Vitor e Marco, vencedores daquela brincadeira, permaneceram parados apenas observando os outros alunos adentrar a escola

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Thomas, Vitor e Marco, vencedores daquela brincadeira, permaneceram parados apenas observando os outros alunos adentrar a escola. A diretora, Paige, não deixava transparecer seu cansaço mas seu silêncio deixava claro sua situação física.

- Pode falar, diretora, todos já foram! - disse Vitor, curioso com as futuras palavras da inimiga. - Você atiçou completamente os meus nervos, querida diretora!

- Nosso mundo é repleto de segredos, e há muitos que vocês não estão preparados para saber, e pretendo lhes contar em breve, afinal, vocês são os melhores! - começou a diretora com um sorriso de orelha a orelha. - Fiquem espertos, precisarei de vocês ao meu lado quando chegar o momento certo!

A diretora deu as costas, olhando para os três por um momento, e logo entrou na escola, deixando Thomas, Vitor e Marco para trás.

- Ela não imagina que já sabemos esses segredos! - indagou Thomas, sentando na grama. - Mas temos problemas demais, temos que pensar nos possíveis rastreadores!

- Rastreadores? - perguntou Marco, sentando ao lado de Thomas. - De onde surgiu essa teoria?

- Te explico depois, eu vou tomar um banho e descansar, vamos conversar melhor de cabeça fria! - respondeu Vitor, entrando na escola. - Não demorem muito, seus idiotas!

Thomas e Marco ficaram a sós no jardim, deitados na grama e olhando para as nuvens, pensando em um futuro longe daquele lugar enquanto soltavam longos suspiros de alivio. Eles conseguiram ser mais rápidos que a diretora.

- Quando tudo isso acabar, você vai voltar para casa? - perguntou Marco. - Acredito que você deve estar preocupado com sua mãe, principalmente com seu irmão que está em outra escola!

- Meu irmãozinho Chuck deve estar bem, ele é muito forte, e a minha mãe... Acho que ela nunca me amou. Não faz sentido eu voltar para minha cidade, com certeza ela sabe de toda essa merda e só me mandou aqui para sobreviver. Nem sei mais! - Thomas voltou a olhar para os suaves movimentos das nuvens quando uma pergunta surgiu em sua mente, logo a esvaindo. - E a sua família? - perguntou Thomas, olhando fixamente para Marco. - Podemos não nos conhecer muito bem, mas você sabe mais da minha família do que eu sei da sua. O que acha de equilibrarmos isso?

- Até onde a minha vida foi verdade? - respondeu Marco com outra pergunta. - E se toda a vida que eu tinha, ou pelo menos achava que tinha, foi mentira?

- Um dos benefícios de ter alucinado por anos, não é? - exclamou Thomas. - Talvez você possa escolher qual parte da sua vida foi verdade!

- Acho que essa, aqui e agora, desde que você chegou. Sei que estou vivendo intensamente toda essa história, com você! - Marco enfim se levantou das confortáveis gramas daquele jardim.

- Que coisa brega! - Thomas também se levantou, rindo junto de Marco. - Vamos logo tomar um banho e focar nos planos, temos poucos dias para sair desse lugar!

O mundo não prometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora