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Henry Adams


A conversa com Lydia se repetiu várias vezes em minha mente, talvez não fosse tão ruim assim a ideia de adotar uma criança, e de bônus um cachorro. Talvez até comentasse com sua mãe sobre o assunto.

Deixou seus problemas de lado e voltou a atenção para a sala de reuniões, seu pai Maciel Adams era dono de uma das maiores docerias de Meglin city, não demoraria muito até ser o dono de tudo graças ao infeliz câncer de seu pai.

- Já se decidiu? - Lydia perguntou assim que ficamos a sós na sala.

- Sobre?

- A criança.

- Nem pensei nisso ainda. – Menti.

Havia passado a manhã inteira pensando sobre, mas não tinha chegado em uma conclusão ainda.

- Como sempre enrolado - revirou os olhos. - Tomei a liberdade de olhar alguns orfanatos ontem à noite, ficaria surpreendido com o tanto de criança mora em cada um deles.

- Lydia, admiro sua iniciativa de ir atrás disso para mim, mas ainda nem sei se quero mesmo essa responsabilidade.

- Se as coisas dependerem apenas de você nada funciona, te conheço a anos Henry, sei que se não tiver um incentivo você não faz.

- Não é verdade.

- A não? E aquela vez que fomos patinar? Se não fosse por mim você nunca saberia patinar.

- O desejo de patinar era seu. - Ri da careta que a morena fez.

- Certo, patinação não foi o melhor exemplo para essa situação, mas você sabe que é a verdade, sempre precisou de um empurrão.

- Meus pais já tão me empurrando o suficiente Ly, não preciso de mais um par de braços fazendo isso.

- Só quero que seja feliz Henry.

- Eu já sou.

- Não, não é. Você passa mais de 12 horas nesse lugar e você nem se quê cozinha, suas sextas feira são com um clube de golfe, os sábados no barzinho na rua de trás da sua casa e os domingos você mofa no sofá.

Revirei os olhos.

- Você precisa de um "gás" a mais Henry, precisa de alguém que destruía sua rotina completamente.

- Como consegue ser tão convincente?

- Prática.

Ri de sua pose de heroína, Lydia fazia isso dês do ensino médio, cada vez que precisava ficar em público.

- Me mostre o que achou dos orfanatos.

Ela sorriu de orelha a orelha e se sentou novamente. Não estava completamente rendido, nem se quê sei se ficarei, mas não custava nada olhar. A ideia de um cão me era mais admirável.

Doce criançaOnde histórias criam vida. Descubra agora