Maybe it's a hope

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- ADDISON? Cadê você? - Eu já estava cansada. Todos os dias eram iguais, Derek acordava furioso, procurando a mim para descontar sua raiva. Éramos casados a cinco anos, nos conhecíamos desde muito tempo e eu sempre fui apaixonada por Derek, ou pelo menos pensava ser.

No começo foi maravilhoso, ele era carinhoso, me dava atenção e tínhamos uma relação harmoniosa. Mas tudo foi por água a baixo. O homem com quem me casei mudou da água para o vinho. Não importava o que acontecesse, no fim do dia eu sempre acabava apanhando ou sendo forçada a ter relações sexuais com ele.

- Você está surda? - Sua presença repentina me deixou assustada. Eu estava no quarto terminando de me arrumar.

A nossa conta bancária estava no vermelho, e não tínhamos quase nada para comer em casa. Era humilhante a situação que me encontrava, e muitas vezes eu sentia vergonha por depender tanto de minha melhor amiga. Amélia, ela é tão diferente de seu irmão que chega a ser duvidoso o parentesco. A morena é extrovertida, está sempre fazendo alguma coisa engraçada mesmo sem perceber. Ela nunca apoiou meu casamento com seu irmão, sempre me disse que eu merecia coisa melhor, e esse melhor a mesma dizia que era ela.

Brincalhona como sempre, Amélia nunca deixou uma vez sequer de dizer que eu escolhi o Shepherd errado. E talvez ela tenha mesmo razão.

- Aonde pensa que vai? - Derek se jogou na cama que eu havia acabado de arrumar, sem se importar de estar todo molhado, ainda com a toalha em seu corpo.

- Eu vou entregar alguns currículos, fazer uma entrevista de emprego, tentar algo. - Assim que terminei de falar ele riu. Foi debochado e eu mantive meus olhos fixos no meu guarda-roupa. Derek tinha o poder de me fazer se sentir incapaz, esse era um de seus abusos. O psicológico.

- Ainda nisso Addison? Por Deus, quando vai entender que ninguém quer contratar uma mulher acabada e inexperiente como você? Sabe bem que hoje em dia é requisitado muito a boa aparência, eles apreciam ter uma mulher bonita na firma. E sejamos sinceros, você tá longe de ser escolhida por esses requisitos.

- Derek, eu me formei pela inteligência que possuo não pela beleza. - Eu precisava ao menos tentar, acreditar que eu não me importava com o que meu marido dizia sobre minha aparência. Doía mas eu não podia mostrar que me afetava, não hoje.

Eu precisava tentar algo, nem que fosse o trabalho mais impróprio. Eu já estava cansada de continuar nessa situação. A minha formação em pedagogia não adiantou muita coisa, já que eu nunca trabalhei. Assim que me casei e fui morar longe de meus pais, Derek me proibiu de possuir qualquer atividade que me mostrasse ser superior a ele, já que possuía um ego inflado. Logo que terminei minha especialização na área nos casamos e então eu passei a depender dele.

- Que tal você me ajudar aqui, em? Estou tão duro que dói. - Nojo, era isso que eu sentia agora. Derek estava atrás de mim, roçando sua intimidade em minha bunda. A muito tempo eu havia perdido o desejo por ele, e quando eu comecei a me negar a satisfazer suas "necessidades", ele passou a me obrigar.

Suas mãos seguraram forte minha cintura me puxando para trás, fazendo eu sentar sobre seu colo e sentir a sua nojenta ereção.

- Vamos lá Addison, você sabe do jeito que eu gosto... - Eu sentia uma forte dor em minha cabeça, já que ele passou a puxar algumas mexas do meu cabelo para trás.

- Derek, porfavor... agora eu não posso. - Tentei levantar e foi em vão, ele me segurava firme, não me deixando sair daquele aperto. Senti uma tapa em minha cocha e logo depois sua mão buscou minha calcinha por baixo da saia. Eu me desesperei. Sexo com Derek era sempre doloroso, chegando ao ponto de me deixar machucada.

- RUIVA? CHEGUEI. PARA DE TROCAR DE ROUPA TODA HORA, A GENTE VAI SE ATRASAR. - Eu sempre ficava feliz em ver Amélia, e dessa vez não era diferente. Eu agradecia aos céus por minha cunhada ter chegado nesse exato momento.

Borrowed love (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora