MEN OR MONSTERS

Capítulo 25 - Adeus

Camila Cabello's Point of view.

-Acho que vou começar pela detetive. - Disse Sloan se aproximando lentamente de mim enquanto girava seu revólver. - O que você acha, Lauren?

Tom Sloan pretendia me matar para atingir de alguma forma a mulher dos olhos verdes, para fazê-la sofrer por ter hesitado no seu dever e não ter me matado naquele dia.

Fechei os olhos quando senti a arma gelada encostando em minha têmpora direita, eu estava sem esperanças e certa de que aquele seria o fim, um fim patético no qual eu morria com um tiro na cabeça depois de ter me negado a entregar Lauren Jauregui, a mulher autora dos crimes hediondos que eu investigava.

Um filme passou em minha cabeça naqueles segundos desesperadores, pensei em todos os crimes que eu havia solucionado, nos momentos com meus colegas da delegacia, na minha amizade com Normani e Dinah e, por fim, pensei na pessoa que me fez questionar meus princípios: Lauren Jauregui.

-Adeus, Camila. - Disse Tom antes de ouvir um grito desesperado.

-Não, espera! - Lauren falou com uma voz trêmula. - Pode me matar, Camila não tem nada a ver com nada disso, ela só é mais uma peça do meu jogo. Eu fiz ela ficar do meu lado para conseguir matar Alejandro Cabello, mas não estou realmente apaixonada por ela. Vocês não vão me atingir se a matarem, só conseguirão isso se essa bala acertar minha cabeça!

Meus olhos cerrados se abriram para encarar a realidade, eu tinha ouvido aquilo mesmo? Aquela mulher só estava comigo porque queria fazer do meu pai mais uma de suas vítimas. É óbvio que eu não choraria no enterro daquele homem, mas ela apenas estava comigo para alcançá-lo, o que me indignou em níveis estratosféricos.

Após essa fala, eu realmente desejei que aquele aparato metálico disparasse contra minha cabeça, eu desejei também que Jauregui sumisse.

Senti as mãos de Lauren apertando as minhas e eu as afastei imediatamente, Tom e seus dois ajudantes perceberam o ato e deram gargalhadas capazes de serem ouvidas a quilômetros de distância. O ódio que percorria minhas veias me envenenava, me tornando uma assassina em potencial, já que eu poderia facilmente matar as quatro pessoas daquele recinto se eu fosse solta.

-Se você fosse sair viva daqui certamente iria dormir com seu cachorrinho, Jauregui. - Sloan proferiu a frase afastando o revólver da minha cabeça. - Eu realmente pensei em matar ele na casa da babá, mas depois imaginei que você sentisse algo maior por esta policial. Nunca me senti tão enganado em toda a minha vida, você apenas queria usá-la...

O homem falava com um sorriso gigante estampado no rosto, a minha vontade era de arrancar seus testículos e enfiá-los em sua boca para que a calasse.

-Toda esta porcaria me cansou, vou comer algo e volto depois para dar um fim nisto. - Disse saindo acompanhado dos dois outros homens.

Meu fim apenas chegou muito próximo, contudo não consegui me sentir aliviada por conta da situação. Eu estava amarrada com uma pessoa sem caráter e queria me livrar de sua presença, pois dividir o ar com ela agora me intoxicava.

-Camila, deixa eu conversar com você. - Lauren disse tentando me fazer escutá-la.

Eu jamais iria escutar as explicações daquela mulher, a cota dela de segundas chances já tinha se esgotado fazia tempo.

-O melhor que você faz agora é ficar quieta. - Respondi de forma direta e racional, não havia resquícios de sentimentos em minha voz.

Minha meta continuava sendo encontrar alguma forma de sair dali.

Decidi fazer pelo jeito tradicional e contar com a sorte de que o tempo fosse meu amigo, haja vista que tirar minhas mãos daquela corda demandaria muitos minutos.