Capítulo 7 - Desconfiança

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Lauren Jauregui's Point of view.

Eu corria pelas escadas de um prédio abandonado até que alcançasse o topo, quando cheguei, pude ver meu alvo me olhando com aflição e olhando atrás de si. Ele não tinha saída, ou morria pela bala que sairia da minha pistola ou teria um destino mais trágico ainda se resolvesse se jogar da altura em que se encontrava.

-Você vai morrer de qualquer jeito, não adianta lutar. - Lauren disse calmamente enquanto girava a arma em sua mão e se aproximava lentamente do criminoso.

Scott Gardner, 57 anos, cometeu todos os crimes possíveis, mas o motivo de eu querer matá-lo é para vingar a morte induzida de sua esposa, a qual ele afogou no lago. Bom, o resto vocês já sabem: a justiça retirou as acusações e Scott apenas pagou pelos roubos e pelo tráfico de drogas.

-Anda, Scott. Você decide. - Apenas um metro de distância separava Lauren de Scott.

O homem tentou pular para o prédio mais próximo, entretanto acabou errando o cálculo e caindo na avenida movimentada.

Lauren saiu o mais rápido possível do local do crime para que ninguém a visse e seguiu em direção ao seu carro que estava estacionado próximo dali.

-Próximo alvo: Trevor Bishop, 20 anos e já estuprou uma legião de meninas. Parabéns por ser um bosta. - Lauren verificava o perfil do próximo alvo para seguir em direção a ele.

Trevor estava em um carro com sua namorada e Lauren os vigiava do outro lado da rua, encostada em um poste que impedia que alguém desconfiasse.

Quando o homem se despediu da mulher a sua frente, Lauren se preparou para segui-lo.

Trevor apertou os passos quando percebeu que estava sendo seguido e, logo em seguida, entrou em um beco com a intenção de despistar Lauren.

-Quem é você?! - O jovem falou nervoso e Jauregui podia jurar que ele estava a ponto de urinar nas calças.

-Você sabe muito bem quem eu sou. A não ser que não veja as notícias.

Lauren apontou a arma em direção ao alvo.

-P-Por que eu? - Trevor estava tão nervoso, Lauren gostava de ver medo nos olhos de seus alvos. O medo a motivava.

-Você sabe muito bem, Trevor. - Lauren se aproximou, aquilo estava muito bom para terminar ali e com um simples tiro. - Eu quero que você venha comigo e não quero ouvir um único barulho saindo de sua boca!

Trevor a acompanhou até o carro.

Lauren levou o jovem até um matagal isolado, um pouco distante do centro da cidade. A mulher abriu sua mochila e tirou um pote cheio de formigas.

-O que é isso? - Trevor perguntou.

-Você verá. - Jauregui falou antes de colocá-las em cima do homem.

As formigas comiam carne.

Trevor gritava de dor ao mesmo tempo em que tentava se livrar das formigas. Ninguém podia ouvi-lo e Lauren ria em satisfação.

A assassina saiu do local após a morte do rapaz e seguiu para casa, onde pôde descansar de duas mortes cometidas em uma única noite.

Camila Cabello's Point of view.

-Duas mortes. A vontade que eu tenho de passar este caso para outro oficial... - Camila disse para suas amigas que tentavam recolher mais informações sobre a serial killer.

-Realmente está sendo difícil, mas não é impossível, Camila. Só vamos. - Normani acreditava fielmente que poderiam solucionar o caso.

Camila, Dinah e Normani eram as policiais investigativas daquela delegacia, contudo a delegacia - que antes era reconhecida por solucionar rápido os crimes - estava recebendo críticas dos superiores.

-O Edward criticou de novo o andamento das investigações. - Dinah disse.

-Calma, meninas. Vai dar certo, basta nos aprofundarmos no perfil dessa serial killer. Como poderia ser o psicológico dela? - Normani pergunta esperançosa.

-Aparenta ser sádica, o último alvo foi morto com formigas que se alimentam de carne. O homem agonizou até a morte. - Camila disse analisando seus registros que estavam postos em cima de uma mesa redonda, com três cadeiras em volta ocupadas por Dinah e Normani também.

-Aparenta ser uma mulher discreta, mas arrogante. O jeito com que revelou seu gênero apenas usando uma máscara para ir ao local do crime. - Dinah falou.

-Em quais lugares podemos encontrar esse tipo de pessoa... - Camila disse enquanto procurava locais de lazer em seu notebook.

-Acho que tem o perfil de quem gosta de frequentar bares, talvez boates. Pelo visto é alguém que se diverte sozinha, os traços de psicopatia que ela possui... certamente não costuma se misturar afetuosamente com alguém. - Normani concluiu.

Camila se levantou e ordenou que seus ajudantes vigiassem cada bar ou boate que a cidade possuía. Com uma foto na mão, Cabello pediu para que um jovem magro e loiro que estava sentado em frente a um dos computadores da delegacia imprimisse as cópias necessárias para que todos pudessem, ao menos, encontrar alguém com aquele biotipo. A partir daquele dia eles investigariam, discretamente, a vida de cada pessoa que se enquadrasse nos padrões físicos da assassina.

[...]

Era 20:00 da noite e eu tinha marcado um encontro com Lauren, desta vez em um bar que ela mesma escolheu.
Eu estava me arrumando para que pudesse ir, mas minha cabeça só conseguia pensar nas ações que meus oficiais realizariam esta noite.

Ao chegar em frente ao estabelecimento, peguei meu revólver por puro costume, saí do carro e segui em direção à entrada do bar.
Não estava lotado, tinha um som agradável vindo do palco e Lauren estava sentada em uma das mesas no canto.

-Oi, Camila. Senti saudades. - Lauren disse gentil à mulher a sua frente.

-Oi. Eu também. - Camila riu suavemente para a mulher em sua frente.

As duas conversaram a noite inteira, se sentiam muito próximas e confortáveis para perguntarem o que quisessem uma a outra.

No final da noite, as duas se despediram em frente ao bar.

-Foi muito agradável conversar com você de novo, srta. Cabello.

-Camila, por favor. - Camila riu por Lauren não conseguir esquecer as formalidades.

-Ok. Camila. - Lauren disse rindo também.

Camila gostava do que via em sua frente: Lauren rindo. Era sua imagem favorita.

As duas se despediram com um abraço e um beijo respeitoso no rosto. Entretanto, ao repousar uma de suas mãos na barriga de Lauren, sentiu algo duro.

Camila sabia que era uma arma. Ela reconheceria a textura e o formato de uma com certeza após anos trabalhando para a polícia.

Lauren não percebeu a desconfiança da mulher que estava em sua frente, ela nem sentiu que Camila havia repousado a mão em sua barriga.

Camila estava determinada a investigar a vida de Lauren mais a fundo. Alguém que levava uma arma a um encontro não poderia ser uma pessoa comum.

Camila se deu conta de que Lauren estava longe de ser uma civil qualquer.

MEN OR MONSTERSOnde histórias criam vida. Descubra agora