Casa da Momo

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Já fazem dois meses que Dahyun conheceu Momo. E a cada dia que passava a ardência em seu peito aumentava. Queria descobrir o que era isso. Um dia se pegou observando a japonesa de longe enauqnto sorria sem motivo aparente.

A mãe de Kim permitiu que a filha fosse na casa de Momo depois da escola quando a japonesa pediu. Momo tinha preparado uma rota diferente, justamente para Dah. O caminho que fazia era curto porém tinha muito movimento de carros. Demorou para achar outro caminho que fosse mais calmo. Fez um esforço para conseguir um bom; para a coreana.

Foi buscá-la em sua casa. Antes de sair, conseguiu ver que Sana fazia um sinal de estou de olho em você.

ㅡVem, Tofu.ㅡ segurou a mão da menor.

Momo pediu para que sentasse na garupa da bicicleta. A maoir tinha até colocado uma pequena almofada para a coreana.

ㅡSegura em mimㅡpediu.

Kim fez o pedido, e até aproveitou para aperta-la um pouco.

O caminho todo a japonesa sentia Dahyun esfregar os dedinhos contra seu abdômen coberto pela blusa da farda. A menor prestava bastante atenção em cada rua que dobrava. Eram quase desertas, não viu quase nenhum carro o percurso inteiro. E estava agradecida por isso, não gostava do barulho nem daquela fumaça preta que a maioria soltava.

ㅡChegamos, pequenaㅡ disse e saiu da bicicleta logo ajudando a menor a sair também.

Entraram na casa sendo surpreendidas pelo irmãozinho da japonesa.

ㅡMomozin!ㅡgritou animado, agarrando as pernas da japonesaㅡ Você disse que ia brincar comigo quando chegasse, e você chegou. Iuuupi!

Dahyun se assustou e deu um passo para trás. Os gritos entusiasmados e estridentes do menino a fizeram cobrir seus ouvidos. Hirai percebeu isso e abraçou-a.

ㅡTá tudo bem...ㅡsusurrou.

Nesses últimos meses, Momo andou pesquisando sobre TEA. Queria saber ao máximo sobre a condição da coreana para poder ajudá-la em qualquer momento. Até teve uma "aula particular" de sete minutos com uma amiga de sua prima que era neurologista.

Minseok fez uma cara de confuso enquanto observava sua irmã confortar uma completa estranha para si.

ㅡMomo...ㅡchamou mas a maoir não pareceu ouvirㅡ Hirai Momo!ㅡfalou mais alto fazendo Kim cobrir os ouvidos novamente.

ㅡPare com isso, pare de gritar, pirralho!ㅡ falou firme mas em um tom baixo.

ㅡM-mas você-

ㅡAgora não, tá?ㅡ disse segurando firme a mão de Kimㅡ vem, princesa.

A japonesa guiou Dah para seu quarto, deixando o menino completamente confuso para trás.

A mais velha deixou Kim sentada em sua cama e sorriu.

ㅡTá tudo bem agora... Tira as mãos das orelhas vai.

Abraçou o corpinho da menina e deu um beijinho em sua bochecha. Dahyun não demorou para arregalar os olhos e virar a cabeça na direção da maoir. Não esperava isso dela.

ㅡEntendi você..ㅡriuㅡ gosta de beijinhos?

Momo começou a distribuir vários beijinhos pelo rosto de Dahyun. Mas ela não gostou tanto, estava muito rápido.

ㅡFoi mal.ㅡ disse ao perceber o nervosismo da coreana.

Dahyun olhou tudo ao seu redor: As paredes eram pintadas de vinho, tinha uma televisão enorme na parede, alguns pôsteres de bandas desconhecidas por Kim, vários ursinhos em um canto do quarto, uma prateleira cheia de livros com um puff enorme debaixo dela ao lado de uma janela de vidro e sua cama que aparentava ser de casal. Muita coisa para um quarto relativamente pequeno.

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