2011, Paraisópolis - SP.
Hoje é segunda feira, acordei cedo e já fui preparando o café de Augusto e o meu... o calor estava insuportável e o pior de tudo era que não ventava. Preparei pão de queijo, tapioca, cortei algumas frutas e fiz um café bem forte do jeito que o meu preto gostava. Acordei de bem com a vida, fazia dias que não acordava assim.
Já fazia um mês que eu estava de bem com Augusto, sem brigas, sem agressões e sem discussões. Deus havia feito um milagre, geralmente a gente brigava todos os dias e até que Augusto estava de boa. Ele havia deixado de sair mais, só ficava em casa comigo e colava na boca às vezes porque precisava gerenciar tudo. A gente estava conversando mais e se dando muito bem, ele me prometeu que iria dá um tempo com as drogas fortes e ficaria só na maconha... eu não acreditava, mas fiz um esforço para manter a paz.
Depois de deixar o café prontinho, subi e fui acordar José Augusto. Abri as cortinas, desliguei o ar condicionado e me joguei na cama do seu lado... ele resmungou e tapou o rosto com as mãos. Analisei meu nome tatuado no seu braço e deixei um sorriso escapar.
─ Acorda, menino ─ cutuquei ele e o mesmo resmungou e virou de bruços. ─ Fiz pães de queijo e um café bem forte, do jeito que tu curte.
─ Pô, Madu... não fode, me deixa dormir ─ ele se emburrou.
─ Então vou comer tudo, abusado da porra ─ me levantei e na mesma hora ele me puxou, me abraçou e beijou meu pescoço.
─ Vamos fazer um amor matinal, Madu.
─ Eu não, tô é com fome ─ tento me desvencilhar de seus braços e ele sobe em cima de mim, Augusto me enche de cócegas e eu morro de gargalhar. ─ Golpe baixo.
Ele beija meus lábios e vai trilhando vários beijos pelo meu pescoço, meus seios, minha barriga e minhas coxas. Gemi baixo e senti ele puxar meu shortinho de malha e despejar beijos no meu monte de vênus por cima da calcinha, Augusto era muito bom nisso, sempre foi.
Ergui minha cabeça e analisei seu rosto, seus olhos fechados e seus cabelos caindo no seu rosto. Essa visão era maravilhosa, adorava ver Augusto todo tatuado e malhado debruçado sobre meu corpo, me fazendo sentir prazer. Ele logo puxou minha calcinha e passou sua língua por minha virilha, segurou meus seios com força e me chupou como nunca. Não segurei os gemidos, eu amava receber um oral e ninguém fazia melhor que Augusto. Não demorei nem dois minutos e tive meu orgasmo, foi maravilhoso, senti meu corpo todo mole.
─ Assim que gosto de te ver, molinha ─ ele me beijou e me fez sentir seu gosto. ─ Vamos fazer um amor, preta... tô durinho.
Segurei em sua nuca e o puxei para o meu colo, beijei seus lábios e ele me penetrou sem convites, eu estava molhada e nem foi preciso medir esforços. Augusto me abraçou e ficou beijando meu pescoço enquanto me penetrava devagar e com delicadeza, a gente não fazia amor desde quando eu tinha quinze anos.
─ Deixa eu jogar dentro, amor ─ ele pediu no meu ouvido. Logo me desesperei, o clima acabou rapidinho e nem me toquei que ele estava sem camisinha.
─ Não, Augusto... ─ senti meu coração acelerado. ─ Porra, era pra você ter colocado a camisinha.
─ Relaxa ─ ele continuou beijando meus lábios mas eu estava muito incomodada. Ele percebeu, abriu a gavetinha e pegou o preservativo. Só então me comeu mais forte e gozou. ─ Porra, cada dia que passa tu fica mais gostosa.
Abro um sorriso e trato de me levantar e ir tomar um banho, me encaro no espelho e vejo algumas marcas que já estavam desaparecendo no meu corpo... mas ainda estavam visíveis. Balancei a cabeça afastando os pensamentos e fui logo tomar meu banho, escovar os dentes e trocar de roupa. Coloquei um short de malha para ficar em casa e uma camisa larga, mesmo morrendo de calor, queria dá um jeito naquelas marcas que tanto me incomodavam.
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Paixão Perigosa
Genç KurguMaria Eduarda é casada com José Augusto, chefe do tráfico de drogas de Paraisópolis, que a faz sofrer diariamente com humilhações e agressões. Em uma tarde de invasão da polícia em Paraisópolis, entre tiros e perigo, ela conhece Guerra, que mudará p...