O chão frio consumia meus pés.
Por que é tão difícil me manter sã?
Estava a beira da minha cama, com medo de dormir e não acordar mais...pior, dormir e acordar com todos mortos.
Meus olhos agora fitavam a janela a frente. A floresta agora parecia normal, escura e misteriosa. Será que ele está me observando agora?
Sinto calafrios pelo corpo. Crio coragem para dormir, mas algo me chama atenção.
Viro para lado e uma foto se encontra encima do criado mudo.
Meu coração dispara, tenho medo de ver o que é, mas não consigo ignorar.
Seguro o papel rígido e vejo a mesma foto que estava no banheiro...agora com um machado descrito.
Sinto meu corpo fervilhar. Um barulho horrível surge pela janela, um machado atravessa o quarto e crava na parede a frente. Meu grito é involuntário.
-Madeleine!!
A voz da minha mãe ecoa pelos meus ouvidos e seu rosto aparece a minha frente.
-Por que você gritou menina?! - ela estava nervosa, segurava meu braço com força.
Olhei em volta em busca do machado, mas tudo que vi foi minha janela quebrada e galhos de árvore sobre minha cama.
Foi um sonho?
- Eu estou preocupada com você, pensei que estivesse melhor. Você tem tomado o remédio? - ela parecia ignorar a janela.
- Já olhou a minha janela?- apontei incrédula
Ela suspira e olha pra janela.
- Foi a mesma coisa que aconteceu na sala de jantar, está difícil manter as janelas com esse tempo. Melhor você ficar com sua prima, vai ficar frio por aqui.- ela levanta, sem se importar muito.
- Mãe...Eu sinto muito, mas eu sei o que eu vi, que seja ilusão ou não, eu vi.-levanto pra me direcionar ao quarto de Rose.
A foto.
Viro em busca da foto, mas não acho, o que faz eu achar que tudo foi um sonho.
- Filha, eu só quero o seu bem. Você tem tomado o remédio?- ela encosta a mão em eu ombro.
A minha paciência já estava no limite.
-Claro que eu tô tomando a droga do remédio! Mas do que adianta? Eu sempre vou ser perturbada! - saio do quarto com lágrimas contidas.
Eu estava cansada, ninguém acreditava em mim e nunca iriam. Se eu estivesse ilusionando então a droga do remédio não funcionava, portanto o que vai ser de mim? Vou ser louca pra sempre?
Entrei sem bater no quarto de Rose e me deparei com ela e Max transando.
- Ahhh! Mais que merda Madeleine! Que porra você tá fazendo aqui?- ela gritava tentando cobrir os corpos expostos.
As merdas não param de acontecer
- Oh eu sinto muito, mas eu vou dormir aqui, então sejam rápidos por favor.- pus meu travesseiro na poltrona e sentei, esperando aquela palhaçada acabar pra eu dormir.
- Você vai ficar aí? - Max pergunta tentando esconder o pinto.
Eu não me importava se eles transavam ou não, eu só queria dormir.
- Vou, porque eu quero dormir e se eu não ficar ,você não sai. Simples- dei um sorriso amarelo e ele resmungou.
- Você me deve essa, Mad- reclamou enquanto pegava as roupas dele.
Nada poderia descrever a raiva que Rose demonstrava naquele momento
- Será que você pode explicar QUE PORRA VOCE TA FAZENDO AQUI? - ela voou encima de mim.
Corri para o outro lado do quarto
- Oh oh oh! Primeiro, se veste. Segundo, eu só vim dormir porque minha janela quebrou e mamãe pediu pra eu ficar aqui.-respirei fundo, ela me deixou nervosa de verdade.
A raiva dela diminuiu quando percebeu que estava seminua, ela correu pra se vestir e começou a gritar do banheiro.
-Você deve estar adorando essa merda não é?Pode acreditar que não
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Venha Até Mim (Concluído)
Mistério / SuspenseLIVRO 1 O que o passado pode esconder? Essa é uma pergunta que rodeia os mais obscuros pensamentos da jovem Madeleine. Uma garota que junto da sua família vai passar o final de semana em uma casa na floresta, da pequena cidade de Bosque Livre. Des...