Aaron

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-Você ficaria comigo mesmo se eu ficasse doente? - olhei no fundo dos seus olhos azuis.

Ele estava brincando com meu cabelo antes de eu perguntar, ele adorava o cheiro do meu cabelo, dizia que tinha cheiro de baunilha.

    ⁃    Claro, quantas vezes não já cuidei de você doente?- ele sorriu

Ah ,aquele sorriso que me tremia as pernas

    ⁃    Sabia que você tem o sorriso mais lindo do mundo? - peguei meu polegar e cutuquei o dente dele, fazendo ele se afastar.

    ⁃    Com um bom clareamento quem não tem né - ele abriu um sorriso falso e soltou uma gargalhada.

Era tão leve estar com ele, mesmo com todas as pressões do mundo, ele era o meu alívio. Aaron era meu namorado de escola, nos conhecemos no corredor, quando ele caiu encima de mim enquanto corria da ex furiosa. Ele pediu desculpa com aquele sorriso e não pude deixar de me apaixonar de cara.

....
- Me desculpa, linda - com o rosto a centímetros do meu, ele riu.

        Acho melhor nos levantarmos - já fazia tempo demais que estávamos no chão, encarando um ao outro.

Ele se levantou e estendeu a mão para me ajudar, segurei -o e senti seu corpo ficar tenso.

        Qual o seu nome ?- ele perguntou ainda segurando minha mão , parecia estar em transe

Sabe, sempre achei bobagem essa história de amor à primeira vista, mas acho que atração a primeira vista acontece e isso aconteceu com a gente. Era como se houvesse um magnetismo.

        Madeleine. - sorri e soltei a mão dele, estava suada.

        É lindo... Madeleine - ele repetiu com doçura meu nome, como se estivesse saboreando.

        Eu vou te matar Aaron!!! - a ex dele surgiu e pulou encima dele como uma onça raivosa.

Não pude conter o sorriso, ela realmente estava com raiva, me perguntava o que ele teria feito para ela agir daquele forma.

        Foi um prazer, Aaron.- pelo menos sabia seu nome, mas garotos mal resolvidos não me interessavam. Então sai e fui para minha aula.

.........

O Aaron me fez feliz por muito tempo, agradeço isso a ele. Mas apenas isso.

As minhas crises eram isoladas e raras, desde que eu era criança tinha sonhos estranhos e isso se refletia no meu comportamento. Mas por algum motivo, isso me afetou muito mais quando entrei na adolescência, talvez com a separação dos meus pais...nem os psicólogos sabem ao certo. Dizem que é um tipo de trauma de infância, mas a minha memória não ajuda, então não tenho muito o que fazer.

Sei que o tempo que passei internada me fez refletir sobre muita coisa , principalmente sobre as pessoas que realmente me amavam. E Aaron não era uma delas.

Venha Até Mim (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora