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Já passava das oito da noite. O tempo era agradável, me olhei no espelho uma última vez, minha camisa social branca dentro da calça jeans justa e sapatênis  me deixavam com um ar de sofisticado, barda por fazer e cabelo bem penteado, colaboravam com a descrição. Passo o perfume Malbec para completar e pronto. Desço as escadas e olho meu celular que já avisa uma mensagem.

- Não deu para te esperar... Já cheguei te espero aqui .. bjs ..

Não paro para responder, apenas pego a chaves do meu Mercedes e vou para a garagem, entro no carro, aperto o portão que faz com que o portão se abra e saio com cuidado, fecho o portão e quando vejo que o mesmo já se fechou por completo piso fundo no acelerador, afinal de contas levaria alguma tempo até chegar onde Natália estava.

Natália era minha namorada a alguns meses, tivemos um envolvimento por um tempo, até que ela me pediu em namoro. Se eu a amava ? A única coisa que posso afirmar é que ela era uma pessoa legal, e que eu gostava dela. Nosso relacionamento esfriou muito rápido, assim como deu início.
Lembro do dia em que ela me chamou para esse jantar em família. Não estava muito afim de ir. Afinal de contas nosso relacionamento não era tão.. como eu posso dizer ? Tão firme assim.

As luzes da cidade de Belo Horizonte irradiavam com intensidade no retrovisor. Carros de todos os lados, prédios de todos os tamanhos, ruas lotadas por pessoas. Era apenas mais uma noite comum de domingo.
Atravesso a cidade com o Mercedes até chegar em um bairro de luxo, em uma casa bem iluminada, pode se dizer uma mansão, pouco maior que a minha. Era elegante. Haviam apenas três carros em frente a casa. Mas o que mas me chamou a atenção foi uma BMW X6 na cor Branca estacionada com perfeição... Era um colírio aos olhos de qualquer um.
Estaciono meu carro ao lado do mesmo, e saio.

Aperto a campainha e sou recepcionado por uma mulher de cabelos castanhos, aparentava ter quarenta e poucos anos.

- Olá meu jovem - Sorri simpática - suponho que seja o Cristopher ?

- Boa noite , sim sou eu mesmo... - sorrio de canto, e a cumprimento com um beijo no rosto.

- Prazer, pode me chamar de Blanca. Sou a tia da Natália. Entre ! - fala dando espaço.

- Obrigado..

- Natália está na cozinha, vou dizer que chegou. - Agradeço. E logo ela se vira e começa a caminhar.

Olho atento a graciosa sala enorme. Em tons claros e cortinas enormes que chegavam ao chão, luminárias bem divididas, iluminação com perfeição aquele lugar, dando um ar sofisticado. Escuto vozes e risadas e suponho ser das mulheres na cozinha.
Caminho lentamente admirando alguns porta retratos pendurados na parede. Uma foto chama minha atenção, a de uma garota de cabelos castanhos e olhar intenso, fico admirado com tamanha beleza, a garota deve ter seus dezessete anos na foto. Logo escuto uma voz aguda atrás de mim e me viro dando de cara com Natália.

- Oi amor.. minha tia disse que vc chegou - diz me dando um selinho.

- É... Eu recebi sua mensagem. Como já tinha o endereço que vc me passou não foi difícil achar. - dou de ombros e sorrio simples.

- Que bom.. estou ajudando as mulheres na cozinha, mas já terminamos.  Vem vou lhe apresentar minha família.

Caminhamos lado a lado, até chegarmos a cozinha onde Blanca e Dona Judite mãe de Natália estavam.

- Olá dona Judite - cumprimento.

- Olá rapaz - me cumprimenta.

- Vou apresentá-lo para os outros, eles estão lá fora. - Escuto risadas.

- Não acredito que estão bebendo antes do jantar ! - Blanca balança a cabeça em negatividade.

- Esses homens não tem jeito mesmo.. - Dona Judite afirma.

P.s o perigo tem nome Onde histórias criam vida. Descubra agora