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Já eram 22:00 horas, e eu já estava entediado em minha sala. Decidi me levantar e ir embora, deixaria a pasta com o porteiro. Arrumei minhas coisas, e sai, caminhei até o elevador e foi então que o mesmo se abriu. Tive que parar por um tempo para acreditar no que via. Ela estava tão sexy naquele macacão vermelho, e coque bagunçado, sem contar o saltos pretos que me faziam fantasiar. Gostosa era pouco para aquela mulher que me faziam babar mesmo sem me tocar. Tentei manter minhas expressão séria, assim que vi seu olhar subir e seus olhos se fixarem em mim. Ela caminhou para fora do elevador e veio até em minha direção.

- Boa noite Cristopher.

- Boa noite Dulce Maria. O que faz aqui ? - Pergunto tentando manter minha espressão curiosa escondida.

- Vim buscar uma pasta com algumas papeladas, são muito importantes. E você ?

- Bom, pelo que vejo, estava esperando a pessoa errada. Alfonso disse que um funcionário buscaria está pasta. Não imaginei que fosse você..

- Ah, sim sim.. - Diz coçando a sombrancelha definida com as unhas grandes - Era para um dos meus empregados buscar, mas acontece que por fim eu tive que vir. Pensei que encontraria Alfonso aqui, afinal de contas foi com ele que conversei antes de vir.

- Ele me ligou a um bom tempo atrás... Como eu já estava aqui, pediu para que eu entregasse - Ficamos por um bom tempo em silêncio, um observando o outro. Até que eu me manifestei - É.. acho que deve estar com pressa, afinal de contas já está tarde. Venha vamos buscar a pasta.

- Ela não está com você ? - Sua voz mais parecia um sussurro de tão suave.

- Não, está na sala dele.

Entramos no elevador, e permanecemos em silêncio até chegarmos no andar e na sala de Alfonso. Ao entrarmos logo avistei a tal pasta, peguei a mesma na minha mão e já fui logo lhe entregando.

- Pronto, está aqui...

- Obrigada - disse simples.

Ficamos por longos segundos apenas nos olhando. Minha respiração já estava ficando pesada quando peguei o seus olhos sobre minha boca.

- Como vai a Scarlet ? - perguntou de repente.

- Vai bem. Muito bem na verdade.

- Fiquei sabendo que vai embora.

- Sim. Como soube ? - perguntei curioso.

- Cristopher...meu querido. Tanto tempo juntos e ainda não sabe que eu sempre sei de tudo ?

- Nunca estivemos juntos Dulce Maria ! - fiz questão de afirmar. Ela inclinou a cabeça e revirou os olhos.

- Dane-se, o modo como preferir chamar o nosso caso Uckermann. Você entendeu.

- Ah, claro, é mesmo, um caso, acho que assim está melhor mesmo. Me diga Dulce Maria, como vai o Panco ? - Falo debochado

- É Paco, e vai muito bem... - sorrio cínica.

- É, ele vai, só não sei o relacionamento de vocês... Me diz, ainda não enfeitou a testa dele não ? O que está esperando, ele enfeitar a sua ? - Podia ver seus dentes apertando.

- Ele não é como você, Uckermann.

- Eu te certeza que não.

- Ele não faria isso comigo, porque ele não precisa. Eu sou suficiente, e você sabe disso, porque era atrás de mim que você corria sempre que queria trair as outras ! - Ela rosnou.

- Pois ele pode até não fazer... Mas você, Maria, você tem coragem o suficiente dentro de si, pra bular regras, e cuspir nelas sem piedade. Não duvido nada que já não tenha o chifrado.

- Pois saiba que não o fiz.

- Aah, tem certeza ? Então você contou pra ele o que aconteceu aquele dia, naquela suíte, em uma casa de swing, comigo e a Scarlet ? Disse pra ele que você chupou outra mulher, enquanto eu te fodia por trás ? Contou o quanto você gemeu ?

Seus olhos eram chama pura, e eu podia jurar que se a tivesse em meus braços minhas roupas queimaram com tanta intensidade. Dulce respirou fundo. Ergueu sua cabeça, e continuou olhando pra mim fixamente, pensei que ela me mataria. Ela começou a caminhar calmante em minha direção.

- Sabe Cristopher... - Eu estava paralisado no lugar, podia sentir sua respiração perto de mim - Respondendo a suas perguntas. Sim, eu contei pra ele - Sua mão passeou pela lateral do meu rosto e parou no meu queixo onde a mesma apertou - Eu contei detalhes por detalhes, e contei o quanto eu gostei de chupar aquela loira, a sua amiguinha, que eu sei que é lésbica, e que você não teve a sorte de foder. - Ela quase gritou as últimas palavras.

- Como sabe que ela é...

- Aaah Cristopher ! Porra, eu já fiquei com várias mulheres. Sei o quando uma é lésbica, principalmente ela, que só dava preferência a mim.

- É, eu me esqueci o quão puta você é,me perdoe pela minha falta de memória.

Eu não sei se as minhas palavras a afetaram, mais eu senti com toda a força quando a sua mão atingiu o meu rosto. Aquilo me fez sair fora de mim, com toda certeza. Sem pensar duas vezes eu a segurei com força.

- Se afasta de mim... Teu cretino ! - Gritou.

- Pode gritar, aqui ninguém te escuta meu bem. Agora me explica porque você fez isso sua megera ?

- Porque você me ofendeu.

- E isso te dá o direito de partir a agressão ? Contar uma verdade...

- Verdade ? Verdade ? A verdade é que você é um puto, que não para de aparecer no meu caminho, um embuste que não me superou !

- Eu não te superei ? E tinha algo pra superar Maria. Se orienta. Você não é a última bolacha do pacote, muito menos  água no deserto não... Pra superar alguém, é necessário sentir algo por ele.

- Não tente me afetar dizendo que nunca sentiu nada por mim, porque eu jamais vou acreditar em você... E vamos cair na real né, olha pra isso - olhou para os nossos corpos colocados, por conta do aperto ao qual eu nós coloquei - Se você nunca sentiu, ou não sente mais nada por mim Cristopher, então faça o favor de me soltar e nunca mais me tocar.

Respirei fundo por diversas vezes, não podia negar que a vontade de fazer ela sentir tudo o que estava sentindo naquele momento era muito maior em meu peito, mas meu orgulho e frieza me fizeram optar por algo irreversível. Eu já havia deixado Dulce Maria dominar tudo em minha vida, meus relacionamentos, meus pensamentos, minha atidudes, escolhas e até mesmo meu caráter. Mas eu não podia permitir que isso continuasse, não podia demostrar para o meu ponto fraco que eu tinha um pouco fraco. Eu a apertei com mais força e a trouxe para mais perto, se é que foi possível, e com uma feição feroz, senti a ponta de nossos narizes se encostarem, e sem pensar mais, a soltei, de forma bruta e rápida eu tirei minhas mãos dela. Sua respiração era pesada, e eu sentia a surpresa em seu olhar, talvez a rejeição e a resposta inesperada a fizessem ficar assim. Ela arrumou sua postura, ergueu seu queixo, e me olhou friamente uma última vez.

- Está aí sua resposta... - Disse frio, colocando as mãos em meu bolso. Ela pegou a pasta e sem dizer mais nada, caminhou até a porta. Parou por alguns instantes e ainda de costas falou :

- Pois, passar bem Uckermam.

E saiu, seu cheiro ficou no local, e isso só me fez sentir mais ódio, corri em direção a porta e do batente consegui ver quando ela adentrou o elevador e o mesmo se fechou, me dando a apenas a visão de seu olhar sobre o meu.

Eu não sabia que porcaria eu havia feito, eu sabia o quanto tudo aquilo me afetava, mais também sabia que já bastava sentir tudo isso por uma megera egocêntrica e sem coração. Eu iria viver a minha vida, e Dulce Maria que se fodesse.

Bom, pelo menos era o que eu desejava sentir em relação a ela ....

Oiii suas put.. lindas... Como estão  ? Espero que bem, bom tá aí mais um cap. E pra quem pensou que eu tinha morrido, eu tô viva ! Pra quem pensou que sumi, tô de volta ! E pra quem pensou que eu desisti das fic... Kkkkkk nunca ! Posso demorar... Mais eu tenho que finalizar...

Beijos 😘 e lêem....

P.s o perigo tem nome Onde histórias criam vida. Descubra agora