P.s o perigo tem nome

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Cristopher

Possesso de raiva era a palavra perfeita para mim. Mas não era o único sentimento que eu sentia. Eu não conseguia acreditar no quanto a Dulce conseguia se manter distante de mim, como ela conseguia parecer fugir de todas as vezes que eu demonstrei meus sentimentos de maneiras racionais e irracionais. Conquistar Dulce Maria era uma das coisas mais difíceis do mundo.

Já haviam se passado alguns dias depois do ocorrido. Ou melhor, depois da última vez que levei mais um fora daquela cretina. Eu já havia estourado o meu comportamento de cavalerismo com ela, e todas as emoções boas que eu poderia demonstrar. Nesse exato momento eu estava sentindo uma coisa que se iguala ao amor. O ódio. Eu estava cheio de ódio por aquela mulher. E tudo o que eu mais desejava era não poder ve-la novamente na minha frente tão cedo.

Depois de trabalhar fodidamente três dias seguidos com dores horríveis de cabeça, no quarto dia quando decidi mandar tudo a merda, as dores sumiram. Eu estava vivendo no automático e nem sabia disso. Era horrível a sensação de expectativas frustadas. Querendo oi não admitir, eu esperava que ela fosse voltar para mim. Que me perdoaria da burrada e me aceitaria de volta em sua vida. Mas quando escutei os seus belos lábios vermelhos me dizendo que estava comprometida, senti vontade de rir. Afinal de contas nunca soube de Dulce comprometida com alguém. Mas quando percebi que ela estava sendo verdadeira em suas palavras, meu peito doeu e o ar me faltou por míseros segundos.

A dias eu estava vivendo como um cafajeste com todas as mulheres a minha volta. Calculista, temperamental, a única coisa que eu desejava delas era uma transa e nada mais.

Já passava das duas da manhã, quando eu estava em um barzinho muito longe de casa. A bebida me desci pela garganta sem efeito nenhum mais. Eu escutava o mundo inteiro ao meu redor, mais não me concentrava em nada, apenas nos meus pensamentos.

- Desacompanhado ? - A voz de uma mulher me tirou o foco, virei meu rosto considerávelmente e a analisei. Era encantadora de se olhar. Loira,mediana, um sorriso marcante, seios fartos. Sem pensar duas vezes sorri galanteador para ela.

- Sim e pelo jeito, você também. - Respondi, e vejo seu seu rosto se virar, ela encara por alguns segundos as fileiras de bebidas nas plateleiras a nossa frente, e logo volta a me olhar.

- É, está certo. Mas porque amo uma bebida de madrugada, ainda mais numa sexta - Diz levantando sua garrafa de cerveja, logo voltando a levar a mesma a boca. Reparo em sua boca carnuda - falando nisso, nunca te vi por essas redondezas. É a primeira vez que vem aqui ?

- Sim... Pelo jeito deve vir sempre.

- Pode apostar que sim - solta um riso gracioso.

- Seu namorado não se incomoda em te deixar vir sozinha para um bar de madrugada ? - Pergunto, e dessa vez viro o meu corpo no banco. Deixando meu braço apoiado ao balcão.

- Ah, eu acredito que não - Se aproxima e diz - Porque eu não tenho um.

- Bom saber disso - Digo e ela logo solta uma risada estridente. Fico sem reação apenas a precisando o som.

- E é bom saber também, que eu não curto homens - diz quando para de rir, minha feição se modifica para decepcionado.

- Não pode estar falando sério. Você curte mulheres ?

- Sim... Apenas mulheres.

- Por que se aproximou de mim então ? - pergunto curioso, voltando a beber. Ela da de ombros.

- Ah, só estava a fim de conversar com alguém. E não sei se você percebeu mais aqui a maior parte é masculina então...

- Lamento por vc - Digo sorrindo de canto.

- Claro que lamenta - Diz irônica e eu rio dessa vez.

- Você me pareceu uma boa companhia senhor ?

- Cristopher... Me chamo Cristopher Uckermam.

- Bom, é um prazer. Me chamo Scarlet Johansson.

- É um prazer Scarlet - Digo amigável.

- Para mim também - Diz com sua feição mais sedutora.

Ficamos por longas duas horas conversando naquele lugar. A bebida não parava e quando percebemos já estávamos ambos bêbados de mais. Tentei diversas vezes beija-la porém a mesma se manteve firme. Até que entramos no assunto mais delicado, complicado e lamentável pelo qual eu estava ali. Dulce Maria.

- Sabe, vc me fez esquecer dela, por duas horas. E agora, olha aonde estamos. Falando dela.

- Eu lamento saber que ela não soube aproveitar vc... Mas me diz, é verdade que ela curte mulher ? - pergunta interessada.

- Scarlet ! - A repreendi - a resposta é sim, okay - ela morde o lábio e eu a olho com cara de poucos amigos.

- Que foi, por tudo que vc me disse a mulher parece até uma deusa grega. Adoraria conhecer ela - diz apoiando a cabeça no balcão. Fiquei pensando em uma coisa.

- Você pode.

- Posso ?

- Claro.. um dia te mostro uma foto dela. Mais por enquanto não quero ve-la nem pintada.

- Dúvido... Pensei que vc fosse forte meu amigo. - diz séria.

- E sou.

- Não parece. Vc precisa aprender que se quer algo para vc, precisa conquistar de todas as formas. Vc pelo menos sabe se ela o ama ?

- Ela disse gostar de mim..

- Boa confissão, mas não é o suficiente. Vc só pode desistir de alguém se souber que essa pessoa não vale a pena.. e vc meu amigo. Não sabe se ela o ama ou não. E vc precisa saber, porque é isso que vai determinar se deve insistir ou desistir e esquecer.

- E como eu faço isso ? Se ela está com outra pessoa.

- Mas não está casada !

- Mas não quero vê-la..

- Mas terá que ver. Eu vou te ajudar a ser pelo menos mais suportável..

- Como ?

Ela sorriu, e pareceu pensar um pouco. Até que me analisou por um momento, fez uma careta, e por fim sorriu de uma maneira cafajeste.

- Olha, não vai ser fácil, e nem difícil.. mais eu topo.

- Topa o que ? - Eu estava totalmente confuso.

- Eu, Cristopher Uckermam, vou ser a sua companhia durante todas as vezes que vc for sair daqui por diante. - diz animada.

- Vc vai se o que ? - Ela revira os olhos.

- Tipo namorada de mentira Cristopher.

- Vc tá brincando né... Tá bêbada.

- Nos dois estamos meu amorzinho, nos dois...

E que comecem os jogos vorazes... 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥 Kakaakkaakka
Holaaaaaaa pessoal... Beijos