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Já estávamos na sexta feira, e até hoje a única coisa que tive de Dulce Maria foram as visualizações das minhas mensagens enviadas a ela. Nem para responder a Cretina teve coragem.

Meu irmão invade minha sala sem se importar em bater na porta como de costume, me fazendo abandonar meus pensamentos.

- O que tá acontecendo cara ? Sua cara está de poucos amigos. - Essas são suas primeiras palavras direcionadas a mim.

- Eu estou pra poucos amigos.

- Não vai me dizer que ainda tá bolado com o que aconteceu terça. Eu sei que não é fácil descobrir ser corno pela segunda vez, ainda mais sabendo que dessa vez, o chifre é maior. - Ele fala sem se importar com as palavras e eu demonstro não gostar disso - Mas seja sincero comigo, vc traia ela com a Dulce. Todas as vezes vc deu golpe trocado mano, devolveu cada chifre que levou, e tudo isso com a mesma mulher.

- Dulce.. - sussurro olhando para ele.

- Falando nela, faz tempo que não a vejo, não voltou ainda de viajem ? Cristian disse que ela só iria ficar dois dias.. preciso resolver umas coisas sobre a empresa com ela.

- Não que eu saiba. - Falo desanimado.

- Vai. Confessa pra mim, vc não tá nem aí pro que aconteceu com a Renata não é mesmo ? - respondo apenas com o olhar - Eu sabia.. isso tudo é por causa da Dulce, o que aconteceu dessa vez em cara ? Vcs parecem duas crianças - olho para ele com olhar de reprovação e ele da de ombros - Eu tô certo, vcs agem como se nada fosse importante a não ser vcs dois, quando estão juntos. Cristopher se vc gosta dela porque não fica com ela de uma vez.

- Porque não é só questão de mim... Ela também precisa querer.

- E ela quer ?

- Eu não sei - Respondo quase num grito.

- Aí está meu irmão. Era uma pergunta que vc deveria ter feito a ela já faz um bom tempo.

- Sabe que ela me rejeitou, e fugiu para a Grécia quando tentei algo com ela.

- Mas isso faz tempo Ucker... Mas e agora, será que tudo o que ela queria era ouvir algo de vc ? Um " Eu te amo e quero realmente algo com vc" ... Sabe eu e a Annie, foi algo difícil também embora não pareceu, mais eu tive que demonstrar pra ela que eu queria algo, e tive que me esforçar para passar essa segurança a ela. A Dulce sempre viveu uma vida regada a libertinagem Ucker, ela é como um cavalo indomável. A diferença é que ela não é um cavalo, e até os cavalos mais brutos podem ser domados.

Eu nem sabia mais o que falar, só conseguia pensar e digerir tudo aquilo que foi dito por meu irmão. Ela já estava saindo quando se virou.

- Ah já ia me esquecendo o motivo de ter vindo aqui. Não se esqueça do coquetel hoje a noite.

- Coquetel de que ?

- Das empresas Ucker, não se esqueça okay.

Ela sai me deixando sozinho e cheio de trabalho. Suspiro fundo e início.

Já eram oito horas quando adentrei o local cheio de empresários, funcionários, estrangeiros. Me sentia um peão no jogo de xadrez. Quase inútil.
Encontro com Alfonso que estava acompanhado de Anahí, e logo depois Cristian e minha irmã. Já estávamos sentados em nossas mesas quando um homem subiu em um pequeno palco, e pegou o microfone.

- Boa noite pessoal. Espero que estejam se divertindo nesta noite tão especial. Estamos todos aqui reunidos em nome de todas as empresas sócias da Savinon's, está empresa tão importante que é fruto de muito esforço e dedicação de uma família tão querida, os Savinon's - Ele estende a mão em direção a uma mesa, e vejo que são os pais de Dulce e Cristian - Mais não irei tomar mais o tempo de vcs...

P.s o perigo tem nome Onde histórias criam vida. Descubra agora