P.s o perigo tem nome

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Dulce

O ódio que eu sentia dele no momento em que o peguei me olhando, não estava escrito, mais por incrível que pareça o mesmo não foi capaz de apagar a chama de desejo que habitava no meio das minhas pernas por aquele homem. A noite inteira foi um martírio eterno até aquele momento. O momento em que ele pegou em meu braço e me puxou para perto de si.

- Preciso falar com você ! - Seus olhos deixavam claros que era sério.

- Eu não quero falar com você.

- Por favor Dulce. Eu quero, eu preciso dessa conversa.

- O que foi em Uckermam, aquela última foda no meu apartamento não foi o suficiente para esclarecer as coisas ?- Disse próxima de seu rosto, baixo para que só ele escutasse.

- Eu não quero apenas uma foda no seu apartamento.

- Quer o que ? Eu tô pouco me fodendo para o que você deseja. Tudo o que vc queria vc teve...

- Mentira ! - rosnou entre dentes.

- Mentira ? O que pode ser mentira nisso.

- Eu sempre quiz vc Dulce...

- E por acaso nunca me teve Uckermam ? Todas as vezes que transamos, todas as vezes que te ajudei a devolver os chifres que levava..

- Eu nunca quis que vc fosse isso Dulce.. eu nunca te quis assim..

- E queria como ?

- Eu queria vc só para mim. Queria poder dizer para todos que vc é minha, quero colocar um anel no seu dedo e saber que todas as vezes que vc olhar pra ele vai se lembrar de mim, não só como um ficante, um amigo de foda, mais saber que eu sou alguém que vc pode foder e amar ao mesmo tempo. - Eu estava paralisada apenas dirigindo suas palavras e o tom de sua voz. Ele era tão verdadeiro em cada palavra, que ficava difícil não acreditar.

- Você sabe que eu não sei amar.

- Não precisa se preocupar Dulce... Eu te ensino.

Sem esperar ele me beijou, um beijo lento e diferente dos outros. Suas mãos não eram ligeiras como de costume, elas eram educadas e me tocavam no rosto com ternura. Ficamos por longos segundos, até nos lembramos de onde estávamos. Ao nós afastarmos considerávelmente, nós olhamos novamente nos olhos.

- Então, vai conversar comigo ?

- E o que estamos fazendo agora ? - Pergunto ofegante, e com indiferença.

- Aqui não, vem, vamos conversar lá fora.

Não havia sido uma pergunta, foi uma afirmação que me fez. Me puxou para fora. Quando consegui soltar minha mão da sua, tentei continuar com nossos corpos longe um do outro, pois sabia que o ímã existente entre nós não podia se aproximar. Tinha que tomar cuidado.

- Dulce...

- Dessa vez, eu começo. - Digo levantando minha mão para que parasse de falar. E ele o fez - Sabe Cristopher, eu sinto que você tem sido verdadeiro comigo.

- E estou..

- Mas, eu não sei como dizer isso a você.

- Apenas diga.

- Eu não posso ficar com vc.

- Como não ? Eu sei que vc gosta de mim.

- É verdade, eu gosto de vc - Escutar aquilo parecia músicas aos seus ouvidos.

- Então, nós podemos ficar juntos Dulce.

- Não, não podemos. Eu já disse.

- Se você gosta de mim, o que te impede de ficar comigo ?  - Sentia o descontrole querendo se fazer presente nele.

- Eu...

- Você ?

- Eu estou comprometida.

- O que ? - Seu grito fez com que algumas pessoas do lado de fora se virassem para nós olhar.

- Cristopher ! - O repreendi.

- Por favor, me explica - Volta a falar baixo, porém sua feição mostrava que estava a um fio de se enfurecer.

- Durante a viagem que eu fiz, eu revi uma pessoa, uma pessoa muito íntima minha, nós já nos relacionamos outras vezes, e... Acontece que, nós acabamos inciando um relacionamento.

- Isso não pode ser verdade Dulce ... Caramba só tem algumas dia que vc fez essa viagem...

- E o que tem haver ?

- Como vc pode indicar um relacionamento em menos de uma semana assim ? - Revirei os olhos e o olhei com olhar de acusação.

- Olha quem está falando. O cara que namorou uma garota de programa sem saber que ela fazia programa, e se não me engano não demorou nem duas semana para estarem juntos.

- Não me lembre desse passado.

- Então não me venha ditar as regras para se ter um relacionamento - Disse com raiva.

- Dulce, eu pensei que..

- Que o que ? Que quando eu voltasse tudo voltaria a ser como antes ? Que eu continuaria sendo o sendo consolo ? Não... Já chega disso Cristopher.

- Eu nunca pedi que fosse isso ! Vc sempre quiz assim, vc nunca quiz algo além comigo por não quiz - Se defendeu.

- Não quero continuar essa discussão aqui. Eu não te devo explicação e vc também não deve nada a mim.

- Sim, deve - O olhei com certa indignação e descrença sobre o que dizia.

- Desculpa, eu não ouvi direito.

- Você deve Dulce Maria, deve explicação, na porra do momento em que entrou na minha vida, me fez te colocar na minha cabeça e roubou o meu coração de mim.

- Eu não roubei nada.

- Então porque ele não pertence mais a mim ? - Sussurrou perdido, como se dissesse mais para ele do que para mim. Fiquei um tempo sem dizer nada.

- Eu vou embora...

- É o que vc sempre faz, acaba indo.

- Por favor não começa.

- Você sabe que é verdade. Toda vez vc foge, vc se envolve com uma, duas ou várias pessoas, e para que ? Por prazer ? Para que se eu sempre te satisfaz muito bem. Não se engane Dulce... Não tente enganar o seu coração com mentiras esfarrapadas. Uma hora ou outra vc vai perceber que sente algo por mim, muito além de gostar. Eu só espero que não seja tarde de mais.

Suas palavras martelavam a mim, cada palavra um golpe. Eu sentia raiva, sentia frustração, sentia todos os tipos de emoções possível. Até mesmo a culpa.

- É, eu espero que não seja tarde mesmo - Debochei. E sai. Me virei de costas e não quiz olhar para trás. Me apressei e fiz o que eu sempre estava acostumada a fazer e ele tinha toda a razão. Eu fugi.

Não sei qual foi sua reação, pois não o olhei. Não quiz olhar. Lutei para não olhar. Eu queria sair dali o mais depressa possível e foi o que eu fiz. Fui embora, mais dessa vez fui para a mansão. Fui para os braços de pessoas pelas quiz eu não me importava de demostrar emoções. Como o amor.

Volteiiii... Beijos de 🔥... Tchau ❤️
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