Contrato de Amor [ CONCLUÍDA ]

38-Lunga vita a Sangratura!

Igor Lorev...

Quando você está há muito tempo nessa vida, não consegue sentir nada além de remorso.

Paz? Faz anos que eu não sinto isso.

Arrependimentos? Carrego tantos, que levaria dias para contar.

Chegar em casa, me sentar na minha poltrona e olhar a vista de Seattle com uma garrafa de whisky na mão, não é algo que eu faça muito.

Noites mal dormidas, comprimidos contra ansiedade, que tomo desde pequeno, devido minhas maravilhosas crises noturnas, que melhoram e pioram, dependendo das minhas emoções, treinos físicos diários... Não existe paz em minha vida.

Faz muito tempo que não durmo oito horas diretas de sono e isso não é nem a ponta do iceberg.

Mas, Sangratura é um dos meus maiores orgulhos e tanto esforço, vem valendo a pena.

Como começou?

Eu tinha dezessete anos e o meu melhor amigo, Blade disse que estava entrando no negócio, de vender drogas para os colegas em festas, pra conseguir dinheiro e ajudar a família.

Nos dois éramos amigos desde do fundamental e eu queria ajudá-lo, então, resolvi entrar na jogada.

Nessa época, eu tinha me apaixonado por uma garota e bom... Nós não demos certo e nisso, eu me envolvi com a Erin, pela raiva e me arrependo amargamente disso.

Mas, eu conheci outra garota e éramos loucos no mesmo nível e assim, eu deixei meu caso com Erin para trás e tentei fazer dar certo.

Katherine Hill. Lindíssima e com vontade de viver, tanto quanto eu.

Na jogada das drogas, se envolveram eu, meu amigo Blade e nossa melhor amiga, Isabella Thorne.

Íamos no máximo de festas durante a semana, nos infiltrando e conseguindo vender toda mercadoria.

Porém, eu comecei a me destacar, vendendo as drogas durante os intervalos das aulas, conseguindo mais e mais clientes.

Estava vendendo tanto, que conseguia dar a metade pro meu amigo e gastava o restante com Katherine, comprando presentes e a levando para sair.

Porém, quando você se destaca tão rápido, chama a atenção dos chefões e isso aconteceu comigo.

O traficante que nos fornecia, me avisou que o chefão queria me ver e se eu não fosse por bem, iria por mal.

Mesmo com grande medo, fugi durante a madrugada de casa e fui encontrá-lo em um dos seus clubes aqui em Seattle.

Roger Reddington, chefe da antiga máfia Vicari, comandada por sua família durante anos.

Nós conversamos e ele me ofereceu um cargo, como seu "aprendiz". Seria seu braço direito, como um assistente. Iria ganhar o triplo e assumiria um cargo maior. Aceitei sem pensar duas vezes.