Capítulo apresentando o ponto de vista do Paulo
Meu nome é Paulo, tenho 18 anos, moro na cidade de Juiz de Fora e acabo de passar para a Faculdade de Medicina do Maranhão na cidade de São Luis, capital. Sim, eu passei para lá, mas realmente não queria ir por causa do meu primo, o Rafael.
O Rafael é para mim é realmente, absolutamente e indescritivelmente chato! Aquele filhinho de papai FDP se acha por que é o riquinho da família! Aff! Mas embora ele seja inteligente, o queridinho da família sou eu, e tenho certeza que ele sente inveja de mim por causa disso.
Até os meus 15 anos pode-se dizer que eu não era nenhum colírio... Mas aí comecei a malhar, fazer uns tratamentos no rosto, dei uma arrumada no cabelo e me transformei num tipo que atrai qualquer pessoa. Tenho certeza que assim que aquele Fdp do Rafael me ver ele vai ver que ele não é mais o galã da família.
Logo assim que cheguei à cidade, não foi difícil conseguir um carro e localizar a casa dos meus tios. Tirando o fato do Rafael ter me deixado em pé, debaixo do sol quente, esperando que ele me atendesse ao portão, correu tudo bem. Não demorou muito pra eu perceber que a minha difícil relação com o Rafael ainda continuava. Digamos que ele não foi lá muito receptivo, mas eu nem liguei pra isso até porque eu logo estaria na universidade e então nós não nos veríamos com frequência.
Após tomar um banho eu resolvi sair para conhecer a cidade, conhecer pessoas novas... Pelo que eu soube embora seja uma capital São Luís tem um aspecto interiorano e não era tão difícil de se andar por ela. Rafael ainda estava na sala quando eu disse que iria sair:
– Vou dar uma volta pela cidade.
– Vá e de preferência não volte.
– Você não tem medo de ficar sozinho não, né?
Ele não respondeu mais.
Saí da casa dele e caminhei em direção à avenida principal, lá eu peguei um Uber sentido beira-mar:
– Litorânea?
– É – mesmo não sabendo o que era eu disse sim – pra lá que eu vou.
Não demorou mais do que quinze minutos e eu já estava na Litorânea. O mar era bonito, as pessoas ao redor também, a paisagem era paradisíaca. Eu andava distraído pelo calçadão quando um garoto loiro de uma altura aproximadamente a minha esbarrou em mim:
– Opa, desculpa cara.
– Nada.
– Desculpa mais uma vez, mas você não é daqui, é?
Não vi mal nenhum em dizer a verdade:
– Não, mas por quê?
– Percebi pelo seu sotaque. Tá sozinho? Eu posso te apresentar umas companhias pra esse fim de tarde, eu estava agora mesmo indo me encontrar com uma galera ali no bar, eu posso te apresentar a algumas amigas.
– Não, eu tenho que ir, realmente.
– Tá certo, mas se mudar de ideia é logo ali em frente.
– Certo.
O garoto foi embora, eu não sei qual era realmente a intenção dele, mas eu não devia confiar.
Depois de caminhar mais um pouco pedi um Uber, afinal, tinha que voltar para a casa dos meus tios.
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O Diário de um Podólatra 2 - O Primo
RandomPara mim não é novidade o fato de eu ser bissexual. Mas descobrir que o garoto que você mais deseja também passou a tomar gosto pela coisa e ainda por cima compartilha o mesmo fetiche que você, isso sim é ganhar na loteria! Nossos amigos não sabem...