Acordei naquele dia me sentindo estranho... Eu e meu primo estávamos dormindo na cama dele de solteiro, agarradinhos... Ok, era tudo muito estranho. Eu levantei e para minha surpresa eu estava pelado.
Olhei para o Paulo e ele também. Oh-ou...
Ele acordou. Eu puxei o travesseiro e me cobri.
– Bom dia. – Ele disse.
– Você... Nós...
Ele riu.
– Não. Nós não transamos. Você dormiu quase depois que gozou. Ambos dormimos pelados, mas nada aconteceu. O agarradinho foi devido o tamanho da cama mesmo.
Fiquei mais aliviado.
O silêncio constrangedor permaneceu no quarto.
Ele se sentou na cama cobrindo-se com o lençol, me encarou por alguns instantes e depois perguntou:
– A empregada vem hoje?
– Não. – Eu respondi. Ainda me sentia pouco a vontade.
– Você quer tomar café?
– Sim. Vou tomar banho primeiro.
– Ok. Eu vou preparar o café para nós dois.
Ele levantou da cama do jeito que veio ao mundo. Seu pênis estava ereto. Ele abriu a cômoda de roupas e tirou um short de lá.
– Minhas roupas ainda estão lá no quartinho. – Ele disse e depois saiu do quarto.
Eu larguei o travesseiro e fui para o banheiro.
As imagens da noite anterior ainda perpassavam pela, minha mente, vívidas demais. Tão vívidas que meu pau custou a se aquietar. Algo dentro de mim me dizia que a minha relação antagônica com o meu primo mudaria daqui pra frente.
Saí do banheiro e fui me vesti. Pude ver quando ele entrou no banheiro enrolado na sua toalha e carregando suas roupas da noite anterior. Ele me lançou um sorriso safado e fechou a porta.
Desci, mas não me sentei à mesa do café. Esperaria por ele. Era o mínimo que podia fazer, afinal, havia prometido que não seria mais mesquinho com ele.
Minutos se passaram e ele desceu. Seus cabelos mal enxutos fizeram alguns cachos dourados cair pela sua testa...
O café simples estava bom, permanecemos calados até ele falar:
– Como você descobriu?
"E agora, contar ou não a verdade pra ele?"
– Eu sou o Adolescente Podólatra.
Ele fez cara de surpresa.
– Então você...
– Sim.
Rimos, acho que mais de vergonha do que de graça.
– Na foto que você me enviou, eu vi um pequeno detalhe na parede. Depois eu te mostro.
– Olho clínico o seu. – Ele disse.
– Você gostou de ontem?
– De qual parte? Da parte que você me estuprou?
Aquilo me atingiu como um murro no estômago. Eu realmente não havia percebido, até ele falar em claro português, o quê de fato eu havia feito.
– Eu... eu não percebi que...
– Que foi um estupro? Sim, foi um estupro. – Ele me interrompeu. Seu tom de voz parecia mais sério agora. – Eu posso até ter gostado depois, mas no início eu realmente não queria.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Diário de um Podólatra 2 - O Primo
DiversosPara mim não é novidade o fato de eu ser bissexual. Mas descobrir que o garoto que você mais deseja também passou a tomar gosto pela coisa e ainda por cima compartilha o mesmo fetiche que você, isso sim é ganhar na loteria! Nossos amigos não sabem...