Comeback

435 14 4
                                    

POV do RAFAEL

O quartinho da emprega já tinha presenciado coisa demais nessa última semana. E estava pronto para presenciar mais uma. Eu entrei primeiro e o Pablo entrou logo após. A cama solteirão estava com as cordas amarradas em cada pé e uma venda preta posta sobre o travesseiro.

- Você vai me amarrar, ou eu vou te amarrar? - Ele perguntou com um certo receio da resposta.

- Eu vou te amarrar primeiro, e depois você vai me amarrar... - Dei um passo em sua direção, levando minha mão em sua genitália. - Prometo não ser malvado em nada que eu fizer. Só te darei prazer... - apertei seu pau enquanto sussurrava em seu ouvido a última frase. Ele deu um leve gemido. - E se eu for malvado, como você vai me amarrar depois, você poderá se vingar.

Ele pareceu gostar disso.

Pablo e eu tiramos as roupas um do outro enquanto nos beijávamos. Céus, como eu sentia falta daquela boca na minha, nossas línguas se envolvendo com uma sincronia perfeita... Tudo era tão perfeito! Por que esse idiota tinha que estragar o nosso lance!? Porque eu era tão idiota a ponto de me deixar levar assim por ele?!

- Anda, deita ali... - Eu disse apontando para a cama, ao que ele me obedeceu.

Amarrei seus braços e pernas e coloquei a venda em seus olhos. Pude ver que seu pau continuava firme e forte, com as veias pulsando... Aquilo me deu água na boca. Comecei a lamber a sua glande de maneira sutil e provocante, fazendo-o soltar leve gemidos a cada contato úmido e quente da minha língua. Não demorou muito pra ele começar a babar pelo pau. Até o seu pré-gozo era delicioso.

Chupei aquele pau, dancei com a minha língua por toda a sua extensão. Era reconfortante, de certa forma, saber que eu ainda podia causar todo aquele prazer nele. Mas eu não podia esquecer da minha missão ali... Será que eu eu realmente teria coragem de ir até o fim?

Seu pau agora era uma mistura de pré-gozo com a minha saliva. Ao tirá-lo da boca ainda pude ver ele pulsando, quase como se estivesse reclamando pela interrupção do boquete. A minha mente estava a mil, meu coração mais acelerado que o normal. E não, não era por conta do tesão. Eu precisava tomar uma decisão agora e estar pronto para as consequências dela.

- Por que parou? - Ele perguntou tentando enxergar através da venda o que estava acontecendo.

- Eu quero testar uma coisa... Vou pegar uns gelos lá no freezer e já volto, tudo bem? Me espera aqui. - Dito isso, coloquei minha bermuda e saí do quartinho.

Estava na hora de falar com o meu primo.



POV  do PAULO

O seriado que estava passando na TV já havia acabado e dado lugar aos comerciais. Foi quando Rafael chegou e disse:

– Ele está pronto.

– Bem, então vamos nos divertir...  - Me levantei do sofá.

- Ele está pronto, mas eu não estou.

- Hã?

- É isso Paulo, eu não quero mais fazer o seu plano de vingança... Eu

- Você está apaixonado por ele e não tem coragem de fazer ele pagar por tudo que te fez.

Bem, como eu suspeitava desde o princípio, ele não iria pra frente com a vingança.

- Eu estou cansado desse jogo de gato e rato. Eu estou cansado de todo esse conflito adolescente em que eu e ele estamos envolvidos...

- Você sabe que ele só está com você pelo tesão, não é?

- Ele disse que gosta de mim.

- Nessas palavras?

O Diário de um Podólatra 2 - O PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora