THE GIRL

" Ele me enganou"

Quatro meses atrás eu e o Niall resolvemos marcar a data do casamento, está tudo tão corrido para nós. Hoje tenho uma consulta com Johanna, eu resolvi para de tomar o anticoncepcional, acho que é a hora de tentar ter meu bebê. Chego no consultório e sou rapidamente atendida por Johanna.

-- Bom dia.

-- Anna quanto tempo hein, o que te trás aqui?

-- Quero para de tomar o remédio, o que acha?

-- Acho que se você quer ter um filho será bom. Mas por que veio aqui, seus exames são bons, agora só precisa parar.

-- Quero engravidar logo, ter minha família, meu casamento vem ai.

-- Entendo! Vá em frente, só faça exames periódicos.

-- Ok, preciso ir, vou escolher meu  vestido.

Depois de uma conversa rápida fui para a loja de vestidos, fiquei louca com tantos vestidos, escolhi dez vestidos e fiquei com tanta dúvida que liguei para minha mãe.

Ligação de video on#

-- Mãe?

-- Filha aconteceu alguma coisa, me ligou cedo!

-- Não. Mamãe eu estou escolhendo um vestido de noiva.

-- Meu Deus eu estou perdendo o momento magico da minha princesinha.

-- Mãe! Olha, vou posicionar o celular em qualquer canto aqui e vou deixar a senhora ver qual é mais bonito.

-- Ok, Vou chorar!

( Ligação em andamento)

Vesti o primeiro vestido era calda de sereia, minha mãe achou horroroso, eu achei muito engraçado a forma como ela falou, o segundo ela gostou da saia mais não gostou do decote. Já lá pelo sexto vestido entramos em um acordo, achamos o vestido perfeito, o caimento em mim, o decote, tudo. Fiquei de voltar na loja em sete semanas para começar os ajustes, o que eu quero que mude e algo mais. Passei em algumas lojas e dei uma olhadinha em modelos de convites, tirei algumas fotos e mandei para o Niall. O bufe nem se quer pensamos no que servir.

Fiquei tanto tempo na rua que me atrasei duas horas, Niall já deveria estar na sua segunda reunião. Entrei na sala dele e não o vi, arrumei a sua mesa que estava toda bagunçada e coloquei o copo de café que eu trouxe pra ele, eu esperei por dez minutos até ele entrar com o celular na mão dando a mínima para mim.

-- Humm.. Bom dia?

-- Oi Anna, como está?

-- Estou bem, já faz muito tempo que não me chama assim, te fiz alguma coisa?

-- Não! Só estou cansado, eu acabei de ver as fotos que você mandou, escolha qualquer um.

-- Oi? não vou me casar sozinha, então eu tenho que escolher as coisas com você.

-- Me desculpa, estou sendo um idiota com você.

-- Sim, está.

-- Eu gostei daquele de folhas transparentes e com ramos de flor.

-- Gostei desse também, mas gostei mais do cor salmão.

-- Então vai ser esse. Vem cá.

Fui até ele e sentei em sua coxa.

-- Eu quero que março chegue logo, para você nunca me deixar.

-- Mas eu nunca vou lhe deixar, te amo lembra?

-- Sim!

Ele me deu longos beijos e sorriu.

-- Já escolhi meu vestido!.- Falei calma.

-- Quero ver.

-- Somente no dia do nosso casamento.

-- Tenho certeza que é o mais lindo da loja.

-- Tinha vários outros, mas ele me fez ficar apaixonada.

-- Quer sair e tomar café comigo?

-- Eu trouxe café pra você.

--  A intenção não é bem tomar café, planejava fazer outros coisas.

-- Seu safado! Niall hoje você tem muita coisa pra fazer. Talvez no fim da tarde?

-- Tudo bem. Então no fim da tarde eu terei coisas boas para fazer com minha noiva gata.

Eu o abracei e sai de perto, talvez por que as persianas da vidraça estavam abertas e tinha pessoas olhando, no escritório sempre tem alguém por perto, já demos várias escapadas na sala dele, um dia quase fomos pegos por Liam.

Me despedi dele e fui resolver algumas coisas da empresa no Rh.  Fiquei um tempo por lá, já quase na hora do almoço eu pedi hambúrguer, algo mais prático e rápido,quando eu terminei de comer voltei ao meu trabalho. Meus estágios estão muito no fim e depois daqui vou procurar um emprego na minha área.

Quase seis e  nada do Niall voltar, resolvi ir embora da empresa, arrumo  uns documentos e algumas fichas na mesa dele, Niall me disse que tinha uma chave do carro dentro da gaveta caso eu precisasse, pego e desligo as luzes da sala. Desliguei por completo a luz do andar e retiro.

Eu estava olhando para o botão onde indicava o andar onde eu estava e quando finalmente chegou na garagem, procuro pelo carro no estacionamento, quando ando um pouco mais escudo cuchichos eu realmente não queria me aproximar daquela conversa mas foi inevitável.

-- Niall. Você não ama aquela sonsa, olha  pra mim e tudo que a gente viveu.-- A voz da mulher é

-- Cala a boca, eu quero que você suma da minha vida!-- Niall falou em uma voz abafada.

--  Querido você não ama ela, você só se acostumou com uma pessoa fraca de espírito, por que ela te trás um comodismo.--  A vagabunda esbraveja.

-- Cala sua boca pra falar de mim!.

-- Anna!-- Niall fica surpreso ao me ver.

-- Então é isso, é assim que você me trata, pós sou fraca de espírito. Niall você me dá nojo, esse tempo todo me traindo com essa vagabunda!

-- Amor. Eu nunca fiquei e nem tive nada com ela depois  que comecei a namorar com você.

-- Isso tudo aqui já me prova muitas coisas. Você é um nojento!

-- Anna!

Os gritos dele atrás de me fizeram com que eu ficasse apavorada, entrei no carro e sai dali. Confiei nele, no falso amor que ele depositou em mim, entreguei tudo que eu tinha pra ele.

Quando eu paro o carro reparo que estou em uma rua deserta, choro compulsivamente, me sinto tão mal, porque ele fez isso comigo, eu amei ele tão verdadeiramente.

Já no caminho de casa a chuva começou a cair forte, entro com o carro na garagem e vejo que o carro do Niall também está ali, pego minhas coisas e entro no elevador.

A porta do elevador abriu-se e quando sai vejo no Niall sentado em frente ao meu apartamento. Jogo a chave do carro nele e tento entrar em casa.

-- Anna me escuta, não era nada daquilo que você viu.

-- Não era! Você é um babaca, você pisou em mim.

-- Não faz isso.

-- Tome  seu anel, dê para aquela vadia!

Retirei o anel de noivado e joguei nele, abro a porta e fecho rápida. Ele chamando pelo meu nome me deixou tão ruim. Chorei praticamente a noite toda, não era assim que eu esperava que meu dia terminasse.

"São essas as pequenas mentirinhas"