CAP 17 ( Como você sabe de tudo isso?😕)

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CAP 17...........................................................

        A olhei perplexo.

— Por favor, não me obrigue a passar por isso — sussurrou, e parecia estar sofrendo muito.

          Ela novamente começou a sair.

— Não vou te deixar ir embora — avisei, firme, afoito.

         Segurei sua mão e foi como se tudo tivesse parado. Meus olhos se embriagaram de visões aceleradas e desconexas. Senti meu corpo enrijecer e meu pescoço se prostar involuntariamente para trás. As cenas passavam em minha vista, cegando-me do real.

       "Tinha uma garotinha andando no meio da rua sozinha com vários meninos a zoando enquanto ela chorava.
       Na outra, uma casa pegando fogo e muito grito.
       E na última, uma menina de cabelo ruivo numa casa escura enquanto gritava: EU NÃO QUERO FICAR SOZINHA AQUI!! SOCORRO!!

        Tirei minha mão da dela enquanto respirava profundamente. Meu corpo sôfrego cambaleou assustado para longe da mulher. As veias rígidas rente a minha nuca doíam pelo movimento brusco e inesperado.

— Desculpa, não queria te deixar assim — pediu, os dedos finos e grandes trêmulos.

— Você viu isso também? — fiquei confuso.

         Ela afirmou com a cabeça.

— Você é uma bruxa ou algo do tipo? — me assustei. Meus pés continuavam indo mais e mais para trás dela, temerosos, apavorados.

— Não! — ficou ofendida. — Para sua informação, isso nunca tinha acontecido antes!

       Eu já ia rebater, mas minha coluna! 

— Ahh! — gritei de dor, caindo vacilante no chão.

— O quê?! O que foi?! — ficou preocupada.

— Minha coluna!! Está doendo muito. 

— Você tem algum problema nela? 

— Não sou eu, é a Améli! — avisei, me contorcendo.

— Hãm? — ficou confusa. — Quer saber? Deixa para lá... O quê eu faço com você? — ficou em dúvida.

— Eu preciso da sua ajuda — avisei novamente. Sendo bruxa ou não, aquela garota já sabia daquela história! Não podia perdê-la de vista, não podia permitir que fosse para longe de mim antes de sanar minhas dúvidas. — Loriave, o próximo nome, é uma cadeirante, eu não vou conseguir sem você. 

        Ela parecia confusa e me olhava desesperada.

— Não, não... Deve ter outra pessoa para te ajudar. 

       Comecei a chorar de dor.

— Não, Loriave, só tem você. — pensei em algo, alguma coisa para convencê-la a ficar comigo — eu juro que vou procurar outra pessoa se você realmente não quiser ficar nessa história, mas agora, eu preciso da sua ajuda, por favor? — supliquei.

        Vi que tinha alguns poucos curiosos observando. A menina olhava apressadamente para todos os lados.

— Tá! — concordou, relutante. — Mas eu tenho que buscar meu carro, tem como você levantar? Eu te ajudo a andar.

       Me apoiei nela com muita dificuldade. Fomos com ela quase me arrastando. A garota entrou dentro de casa e me pôs no carro. E mesmo com dor, me admirei com como tudo lá era grande.

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora