CAP 25
"Eu podia ouvir gritos. Eles vinham detrás de uma porta. Eu queria sair e ver o que estava acontecendo, mas fui atraído por um choro.
Olhei para trás e encontrei um menino aos prantos tentando a todo custo abafar os gritos com o travesseiro.
Cheguei perto dele para perguntar o que havia acontecido, mas o ambiente mudou. Não era mais aquela casa e sim um beco. Andei um pouco e encontrei aquele menino tendo uma convulsão. Corri e vi que em sua mão, tinha um saquinho com droga.
Tentei ajudá-lo, mas não deu tempo."(...)
Acordei sentindo uma sensação de boca seca muito forte. Vi o caderno na minha mão e o abri com força.
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4 de Maio
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Arthur Armani
(Data de nascimento: 18/10/2002)
(Data de morte: 4 de Maio de 2019)
Autópsia: Overdose
Motivo: Ambiente Familiar.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Corri para o espelho. Sim! Eu já estava conectado a ele... Minha pupila tinha dilatado e eu podia sentir alguns tremores na mão.
— Merda, merda, merda! — saí correndo para pegar o celular.
Ninguém podia me ver daquele jeito... Senão, iam achar que eu realmente virei um usuário... E vai saber em que nível de dependência esse menino está? Não quero surtar do nada e descontar na minha irmã.
— Atende, Loriave, atende — resmunguei.
Caixa postal.
— DROGA!
Sem pensar muito, tomei um banho e pus uma roupa. Arrumei minha cama e dei uma olhada na Milena, ela estava dormindo profundamente.
— Ótimo.
Olhei no espelho e percebi que meu corpo voltou ao normal. Eu já havia notado que toda vez que me ligava a alguém, eu me desconectava por algumas horas e depois voltava e ficava conectado até salvá-lo. Eu tinha que aproveitar aquela deixa para deixar tudo organizado.
Arrumei a casa rapidinho, deixei comida pronta e fui até a porta da Luara. Apertei a campainha.— Oi... — atendeu com um sorriso.
Olhei as horas mais uma vez, eram 5:00 da manhã.
— Te acordei? — me preocupei.
— Não... Na verdade, sim, mas tudo bem.
— Ai, desculpa?... Eu não queria incomodar, sério.
— Tá tudo bem... Pode falar o que quer.
Eu sou muito cara de pau.
— Eu queria te pedir um favor... Quer dizer... Você vai fazer alguma coisa hoje?
— Ah... Bom, eu tinha planejado ir na praia à tarde.
Ai não.
— Ah... — Dei uma pausa ao pensar em algo — sua mãe vai ficar em casa?
— Vai... Mas por que está perguntando isso?
— É que eu tenho que resolver uma coisa o dia inteiro... E hoje não tem creche... E a Mi está aqui e eu não quero perturbar minha tia de novo... Mas eu não sei com quem deixá-la... Conhece alguma babá?
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ME DIGA SEU NOME (Concluído)
FantasíaME DIGA SEU NOME, conta a história de Kaique. Um garoto que perdeu os pais em um incêndio e desde então, cuida de sua irmã mais nova de cinco anos. Kaique, é completamente apaixonado por sua melhor amiga de faculdade Celine, mas seu amor não é...