CAP 25 ( Um beijo de bom dia...🤫)

81 25 19
                                    

CAP 25

      "Eu podia ouvir gritos. Eles vinham detrás de uma porta. Eu queria sair e ver o que estava acontecendo, mas fui atraído por um choro.
      Olhei para trás e encontrei um menino aos prantos tentando a todo custo abafar os gritos com o travesseiro. 
        Cheguei perto dele para perguntar o que havia acontecido, mas o ambiente mudou. Não era mais aquela casa e sim um beco. Andei um pouco e encontrei aquele menino tendo uma convulsão. Corri e vi que em sua mão, tinha um saquinho com droga.
        Tentei ajudá-lo, mas não deu tempo." 

                              (...)

       Acordei sentindo uma sensação de boca seca muito forte. Vi o caderno na minha mão e o abri com força.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 
                       4 de Maio
                      ~~~~~~~~
                     Arthur Armani
(Data de nascimento: 18/10/2002)
(Data de morte: 4 de Maio de 2019)
Autópsia: Overdose
Motivo: Ambiente Familiar.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

     Corri para o espelho. Sim! Eu já estava conectado a ele... Minha pupila tinha dilatado e eu podia sentir alguns tremores na mão.

— Merda, merda, merda! — saí correndo para pegar o celular.

       Ninguém podia me ver daquele jeito... Senão, iam achar que eu realmente virei um usuário... E vai saber em que nível de dependência esse menino está? Não quero surtar do nada e descontar na minha irmã.

— Atende, Loriave, atende — resmunguei.

        Caixa postal.

— DROGA! 

        Sem pensar muito, tomei um banho e pus uma roupa. Arrumei minha cama e dei uma olhada na Milena, ela estava dormindo profundamente.

— Ótimo. 

       Olhei no espelho e percebi que meu corpo voltou ao normal. Eu já havia notado que toda vez que me ligava a alguém, eu me desconectava por algumas horas e depois voltava e ficava conectado até salvá-lo. Eu tinha que aproveitar aquela deixa para deixar tudo organizado.
        Arrumei a casa rapidinho, deixei comida pronta e fui até a porta da Luara. Apertei a campainha.

— Oi... — atendeu com um sorriso.

         Olhei as horas mais uma vez, eram 5:00 da manhã.

— Te acordei? — me preocupei.

— Não... Na verdade, sim, mas tudo bem.

— Ai, desculpa?... Eu não queria incomodar, sério.

— Tá tudo bem... Pode falar o que quer.

         Eu sou muito cara de pau.

— Eu queria te pedir um favor... Quer dizer... Você vai fazer alguma coisa hoje? 

— Ah... Bom, eu tinha planejado ir na praia à tarde.

       Ai não. 

— Ah... — Dei uma pausa ao pensar em algo — sua mãe vai ficar em casa? 

— Vai... Mas por que está perguntando isso?

— É que eu tenho que resolver uma coisa o dia inteiro... E hoje não tem creche... E a Mi está aqui e eu não quero perturbar minha tia de novo... Mas eu não sei com quem deixá-la... Conhece alguma babá? 

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora