CAP 62...........................................................
-- Não acredito que isso está acontecendo, não acredito! -- Choraminguei atordoado e pegando com esforço no chão a roupa que a Celine jogou para mim
Respirei fundo tentando entender em que buraco que eu me meti... E agora?! O que eu faço?! Como vou sair do hospital?!
-- Ai meu Deus... -- Sussurrei aflito -- Faz esse infarto parar, por favor? -- Chorei pondo a mão no peito -- Eu não estou aguentando mais! Está doendo muito! -- Me apavorei tendo certeza que uma hora ou outra, desmaiaria
Perdido, derrotado e ofegante, passei a mão trêmula pelo rosto da Loriave decorando cada detalhe dela com medo de esquecer. Intensificando o choro, a abracei de novo desejando que tudo não passasse de uma brincadeira de mal gosto e que na verdade, ela estava só dormindo e esperando a cirurgia. Apertei mais um pouco o abraço sabendo que teríamos que nos separar a partir dali. Tendo conhecimento disso, cochichei:
-- Desculpa, eu não queria te deixar sozinha, mas eu tenho que salvar minha irmã... Sei que se estivesse aqui ainda, era o que me mandaria fazer...
Me afastei e, mesmo tendo consciência de que ela estava morta, sabia também que poderia ser a última vez que poderia fazer aquilo, então, lhe dei um selinho de despedida e garanti ao me distanciar:
-- Ainda não acabou, tá? A gente ainda vai ficar juntos... Vamos conseguir te deixar viva novamente, okay? E enquanto não estiver aqui na forma física, como prometido, estará comigo no meu coração, nunca vou esquecer de você até que finalmente nos reencontremos.
E ajeitando seu cabelo, ratifiquei com o coração mais apertado:
-- Eu te amo... Já estou chegando no passado, em? Não desista de me esperar... Pode demorar, mas prometo que vou chegar... Até nosso reencontro.
Angustiado, lhe dei um beijinho na testa e fui para um banheiro tirar a roupa do hospital e pôr aquela que a Celine me deu. Confesso que nunca foi tão difícil colocar uma calça como hoje, eu simplesmente não conseguia respirar e ainda tinha meu coração me matando. Completamente zonzo, segui em frente tendo uma ideia de como iria sair dali... Porque, se fosse parar para pensar, não era como se eu nunca tivesse fugido do hospital antes, sabia que era capaz de fazer isso novamente. A única diferença é que agora, eu não conseguia nem me manter em pé, então, fui me arrastando pela parede e tropeçando várias vezes, e nem sei como os enfermeiros não desconfiaram que eu era um paciente... Mas foi então que entendi o porquê, pois ouvi um deles desesperado falando para o parceiro:
-- A filha do Doutor Luciano morreu, cara! E agora?! Como vamos falar para ele?! E ainda tem o namorado dela internado, tadinho, vai ficar desolado.
-- Coitados... -- O outro comentou abalado -- Mas vamos rápido, precisamos ajudar com o corpo -- Foram
Mesmo em meio as lágrimas que aquela conversa me causou, ainda consegui dar um sorrisinho e agradecer:
-- Obrigado, Lori, mesmo não estando mais aqui, você está me ajudando a fugir... Como sempre, incrível até de longe. Obrigado de verdade, eu te amo.
E continuei a me arrastar sentindo meu coração a cada batida piorar. Quando por um milagre cheguei no estacionamento, estava pingando de suor frio e literalmente desmaiando. Ofegante, olhei para o meu braço e percebi que o sangue que começou a sair por causa da agulha, havia manchado a blusa que eu estava usando. Com medo, decidi verificar como estava por debaixo da camiseta e até me assustei, não dava nem para saber aonde que saía aquilo... Estava sangrando muito!
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ME DIGA SEU NOME (Concluído)
FantasyME DIGA SEU NOME, conta a história de Kaique. Um garoto que perdeu os pais em um incêndio e desde então, cuida de sua irmã mais nova de cinco anos. Kaique, é completamente apaixonado por sua melhor amiga de faculdade Celine, mas seu amor não é...