CAP 26...........................................................
Abri meus olhos e vi que eu estava meio que em um túnel que tinha várias imagens. Senti que segurava alguma coisa e olhei para o lado.
— Você veio junto — me surpreendi.
Ela deu um pulo e assustada, comentou:
— Que lugar estranho... — sua voz fez eco. — Será que nós estamos aonde?
Dei de ombros. Vi que saía vozes das imagens e elas embolavam.
— A gente tem que encontrar o Arthur... — tentei andar.
— Não solta minha mão! — impediu. — Acho que vamos voltar para livraria, se fizer isso. Tenho uma ideia, pensa no Arthur com muita força.
Pensei. Uma das imagens brilhou.
— Acho que ele está ali, vem.
Fomos e colocamos a mão nela. Abri meus olhos mais uma vez, percebendo que havíamos entrado na imagem. Olhei em volta e avistei um menino no chão.
— É ele — avisei.
Paramos em frente o menino.
— Acha que conseguem nos ver? — a Loriave ficou em dúvida, observando as pessoas ao redor.
— Vamos descobrir — sugeri. — Oiê, garoto? — tentei chamar atenção de um jovem que passava por nós.
Ele aparentou nem me notar.
— Acho que não podem...
A modelo assentiu, olhando para o lado.
— Mas já sabemos aonde o Arthur está, olha a placa... Vamos embora e encontrá-lo antes que resolva ir para outro lugar.
— Como saímos daqui?
— Acho que é só soltarmos as mãos — chutou.
— Faz sentido. Soltamos no três. 1, 2, 3.
(...)
Abri meus olhos e estávamos na livraria.— Que doideira! — nos admiramos ao mesmo tempo.
— Ei! — um Senhor chamou nossa atenção, parando perto de nós. — Vão comprar algum livro, ou ficarão aí fazendo sei lá o quê?!
— Ah, desculpa, Senhor... Vamos comprar sim — a Loriave avisou.
— Vamos?
— Sim. — E pegando um — dá esse para a Luara hoje à noite... Ela vai gostar.
Sorri.
— Obrigado... Você sempre pensa em tudo — fui ao caixa.
Olhei para trás mais uma vez e a vi distraída fuçando tudo em sua volta. Meu coração, por algum motivo, apertou.
— Ei — a chamei, meio embasbacado.
— Quê? — perguntou de onde estava.
— Pega um para você também, eu pago.
— Ah não, não precisa — negou.
Dei um sorriso de: Sabe que não vamos sair daqui até que você escolha um.
— Tá — se rendeu, dando um risinho. — Eu quero este — me entregou.
Encarei o livrinho de capa colorida e título fantasioso. Sorri para ela.
— Ótima escolha, senhorita. Curte fantasia?
— Amo fantasia — compartilhou.
Assenti, concordando com seu gosto. Paguei os dois e quando vi seu sorrisão aberto de canto a canto apertando o livrinho contra o peito, tive certeza que eu iria fazer de tudo para vê-lo novamente.
— Obrigada — agradeceu, me olhando de uma maneira que nunca vi antes.
— Não foi nada — comuniquei, sentindo uma coisa crescente no peito.
Abafei aquele sentimento, eu teria que usá-lo com a Luara.
(...)
Estávamos andando pela rua, quando perdi o controle do meu corpo. Parei de andar.
— Parou por quê? — a modelo me olhou confusa.
Minha respiração acelerou.
— Kaique?... — ficou com medo.
Tentei me segurar, eu tinha que manter meu controle... Mas a raiva estava me consumindo.
— Me dá dinheiro — as palavras simplesmente saíam da minha boca.
Ela olhou para os lados meio que preocupada se tinha alguém por perto. Comecei a andar com passadas fortes em sua direção. A Loriave deu passos para trás enquanto dizia:
— Calma... Bom garoto...
Agarrei seu pulso e apertei.
— EU QUERO DINHEIRO!
Ela me olhou assustada.
— KAIQUE! SE CONTROLA! VOCÊ NÃO PODE DEIXAR O ARTHUR TE MANIPULAR — tentou me trazer de volta.
A pus contra a parede. A modelo entreolhava seu braço e meu rosto. Então, deu um sorrisinho amarelo e se rendeu:
— Tá legal, eu te dou dinheiro... Mas você precisa me soltar...
Soltei.
— Desculpa por isso — pediu logo em seguida.
Franzi as sobrancelhas. Foi então que recebi um chute na barriga. Caí no chão, mas ela ainda me deu um tapa na cara.
— TRAZ O KAIQUE DE VOLTA! — gritou.
Voltei.
— AI, LORIAVE! — berrei assim que recuperei a consciência.
— Kaique?
— Não! A mulher do conde!
— É VOCÊ! AI, GRAÇAS A DEUS, achei que fosse o Arthur ainda! — se aliviou, me ajudando a levantar.
— Aonde você aprendeu a bater desse jeito? — me inconformei com a dor.
Ela deu um risinho.
— Fazia aula de karatê quando era adolescente... — contou.
Me surpreendi, mas nem tive tempo de conversar sobre isso, pois meu cérebro recebeu um sinal:
— O Arthur está brigando com a mãe.
— Hãm? Mas aonde eles estão?
Achei que precisaria dar a mão a ela, mas eu sentia que sabia onde o encontrar.
— Me segue.
Saímos correndo. E realmente o encontrei bem no local que pensei... E quase tive um treco quando vi o que ele faria.
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ME DIGA SEU NOME (Concluído)
FantasyME DIGA SEU NOME, conta a história de Kaique. Um garoto que perdeu os pais em um incêndio e desde então, cuida de sua irmã mais nova de cinco anos. Kaique, é completamente apaixonado por sua melhor amiga de faculdade Celine, mas seu amor não é...