CAP 21 ( Infiltrado🧐)

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CAP 21...........................................................

— Olha, eu não menti, meu pai realmente tem horário vago agora — avisou assim que estacionou. — Acredito que se ele ver que seu estado é o mesmo da Améli, ele possa até te pôr no mesmo quarto que ela.

          A olhei admirado.

— Você pensa em tudo — me surpreendi. — Meu melhor plano até hoje, foi ir ao estágio da pessoa e chamá-la para lanchar.

          Ela saiu do carro e me pôs na cadeira de rodas.

— Conheço a prima da Celine e sei que o temperamento dela é muito instável — começou enquanto entramos. —, sei que ela acha que ninguém a entende, mas se te ver passando as mesmas necessidades dela, creio que criará um laço de confiança em você e começará a ouvir seus conselhos. — Fez esforço para arrastar a cadeira de rodas pela rampa. — Mas, temos um problema, a Celine está lá e vai atrapalhar com certeza, além de não querer sair do quarto porque a prima dela e sua paixonite secreta estão no mesmo lugar.

              A olhei focando na última parte.

— PAIXONITE SECRETA? — repeti.

          A Loriave revirou os olhos.

— Kaique, foca. Você não está lá para resolver seus problemas amorosos, e sim para salvar o próximo nome. E além do mais, curto muito você e a Lua juntos. 

        Franzi as sobrancelhas, ela estava me deixando confuso.

— A Celine não gosta de mim... E eu e a Lua somos só amigos.

— Não foi o que pareceu quando entrei no quarto hoje... Vocês dois combinam... E ela gosta de verdade de você, e não tem vergonha disso.

       Baixei a cabeça.

— Você está insinuando que a Celine tem?

— Não... Olha? Deixa para lá, não sei nem porque falei isso... Foca na Améli, por favor? Esquece o que eu disse.

        Balancei a cabeça de um lado para o outro para tentar me concentrar, mas não pude deixar de perguntar, eu queria saber: 

— E você? 

       Ela até parou.

— Eu o quê? 

— Não me entenda mal... Mas se você aceitar fazer parceria, a gente vai passar muito tempo juntos e...

— Kaique — me interrompeu, fria. Bem feito pra mim, bem feito. Sem noção! SEM NOÇÃO! —, não vamos falar sobre isso.

— Tá — lamentei e fiquei quieto, amaldiçoando-me por fazer uma pergunta tão idiota. Eu sempre perdia a oportunidade de ficar quieto.

    Loriave estava certa, eu tinha que focar na Améli e somente naquilo.

                       (...)

— Eu não entendo — o médico, que era o pai dela e que é muito gente boa, comentou. — Você nunca teve um caso de fibromialgia, aí do nada, aparece em estado grave nem conseguindo se locomover? 

         Dei de ombros.

— Eu também não entendi nada... — menti. Mordi os lábios para não deixar escapar nada que se referisse ao livro que, em consequência, me faria ser diagnosticado com problemas mentais graves.

           A Loriave se manifestou, àvida para distrair o pai do fato de que eu estava doente demais para algo tão recente:

— Pai, ouvi dizer que tem outra paciente aqui no mesmo estado do Kaique. 

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora