CAP 56 (Era para ser hoje 😔)

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CAP 56...........................................................

        Dia das mães, comemoração com a família toda, data da viagem da Loriave e meu dia de morrer, essas são as definições para o domingo de hoje.
           Me olhei no espelho mais uma vez e vi o quanto eu estava diferente. Antes daquela história de caderno, eu parecia uma pessoa feliz e saudável, agora, além de adquirir olheiras bem fundas e perder alguns quilos por não conseguir comer, eu estava mesmo com cara de quem estava preparado para a morte... Nunca imaginei que eu diria isso. E também, se eu morresse de uma vez, a Mi não correria risco de falecer por causa do caderno e nem da Celine, eu não estaria aqui mais para permitir que coisas ruins acontecessem com ela.

-- Kaique! -- Minha irmã apareceu ofegante no meu quarto e com seu vestido rodado -- Você não vai descer não? A nossa prima Laura trouxe um potão de sorvete deste tamanho, sem contar que, vai começar o amigo X... Aliás, me conta quem eu tirei? Eu já posso saber, né? Só falta dois minutos para a brincadeira começar, não dá tempo de todo mundo da festa descobrir quem é o meu amigo secreto, acredito que eu não consiga falar para todos... Eu conto só para as crianças, juro de dedinho.

      Eu ri.

-- Vem cá, vou te dar seu presente -- Chamei

-- U-hul! -- Veio saltitante para o meu lado e sentou com um pulo na minha cama. -- Mas quem eu tirei? -- Ainda insistiu 

-- Não é para contar para ninguém, em? Controla a língua -- Avisei. Quando ela confirmou que obedeceria, contei -- Foi a Natália.

-- A NATÁLIA?! ELA É TÃO LEGAL! 

-- Milena! Para de gritar, assim todo mundo vai descobrir -- A repreendi

-- Desculpa, agora eu prometo que vou ficar de bico fechado, minha boca é um túmulo -- Garantiu 

-- Acho bom -- Baguncei o seu cabelo

-- Como eu sei que não vai contar quem é o seu, mesmo se eu desconfio que é o tio Carlos, vou indo para ver se descubro o de outra pessoa... -- Começou a sair

-- Mi, espera! -- A chamei 

      Ela parou e me olhou esperando que eu dissesse o que queria. Suspirei com pesar... A última imagem que eu queria guardar dela, era aquela, sorrindo para mim sem saber o que estava acontecendo aqui dentro.

-- Que foi? -- Tentou fazer eu falar, já que fiquei quieto 

     Abri um sorriso amigo.

-- Senta aqui na cama de novo rapidinho? Tenho outra coisa para te dar.

      Com a sobrancelha franzida, ela sentou. Peguei uma caixa que eu guardava comigo desde o incêndio e esperava entregar a ela quando fizesse 15 anos, como a mamãe pretendia fazer antes de partir, mas pelas consequências, eu não estaria mais aqui quando ela fizesse 15, então, seria agora.

-- Abre -- Lhe entreguei 

      Ela abriu no mesmo instante.

-- UAU! QUE COLAR LINDO! -- Se admirou 

-- Era da mamãe, agora é seu. Ela iria te dar algum dia, mas como não deu tempo, estou realizando o desejo dela...

     Minha irmã me deu um abraço apertado e alegre.

-- Obrigada! Eu amei!

-- Não é para perder, em? É um pedaço da nossa mãe que está aí, e agora, é um pedaço de você também -- Avisei 

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora