CAP 39 (Eu prometi que te salvaria, não importa a condição 😊)

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CAP 39..........................................................

       A menina acordou e já ficou desesperada.

— ME SOLTEM! POR QUE ESTOU AMARRADA?!?! ME TIREM DAQUI! — se rebatia.

       Virei para minha parceira e pedi:

— Me deixa sozinha com ela, por favor?

— Tem certeza? Ela pode te machucar — ficou em dúvida.

— Não vai não... Pode sair tranquila — garantir. 

        Ela concordou com a cabeça e disse:

— Vou buscar a Mi na creche então... Aproveito e passo nas paletas do Chico para te dar mais tempo.

    Esborcei um sorriso sem forças, mas de gratidão para ela.

— Obrigado — agradeci.

        Lori passou as mãos nas minhas costas como resposta e rumou para à porta. Seu olhar só me deixou quando a porta fechou. Respirei fundo ao escutar o trinco trancando, sentei pesaroso ao lado da Alana.

— ME TIRA DAQUI! — continuava alterada.

— Só vou fazer isso quando ficar calma — avisei. — Vamos, respire fundo.

— Não! 

— Por favor?... Eu prometo que não vou te machucar... Só preciso que se acalme — tentei me manter no controle, pois o desespero dela estava mechendo comigo.

— Eu só vou ficar calma, quando trazerem o Bento de volta! Eu quero ele! — Começou a chorar. — Por que o tiraram de mim?!?! Por quê?! 

        Minha garganta começou a fechar e também quis chorar, sabia que era culpa dela, pois estávamos conectados. Fechei os olhos e vivenciei toda a agonia no peito da menina. Ela sentia muitas saudades do falecido namorado, muita mesmo.

— Ele não vai voltar — sussurrei mais uma vez. — Não tem como.

— Tudo porque você beijou aquela loira ridícula! Se tivesse me beijado hoje de manhã, ele ainda estaria aqui!!! — acusou. 

— Não estaria não — cheguei mais perto. — Não era o Bento verdadeiro, eram as suas lembranças... O Bento de verdade continua morto.

         Ela me olhou meio intrigada.

— Como? — ficou confusa. — Minhas lembranças?

— É — concordei feliz por ter conseguido sua atenção. — O garoto que estava dentro de mim... Não era bem um garoto... Era você... Só que me transformou no que tinha mais saudade.

— É isso que não entendo! Como eu te transformei nisso?!

        Dei um sorrisinho amigo.

— Digamos que foi por causa de um caderno... Você não tem toda a culpa. Esse diário, me faz conhecer a história de pessoas que estão quase mortas no interior e dá a mim a oportunidade de deixá-las vivas... E eu sempre sonho com elas à noite... Mas, acidentalmente, acabei deixando você me dá um beijo no sonho, o que ocasionou tudo aquilo que aconteceu.

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora