CAP 38 (Como assim?! cadê os nomes que estavam aqui, gente?!😳)

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CAP 38...........................................................

    Totalmente alterada, a menina correu em nossa direção e me batia freneticamente enquanto gritava:

— NÃO! NÃO! NÃO!!! EU PRECISO DELE! TRÁS ELE DE VOLTA!!!

     Tentei segurar seus braços, mas a Alana se rebatia tanto, que era quase impossível.

— Loriave, me ajuda! — chamei minha... Amiga? Mais do que amiga? Tá, vamos, parceira por enquanto... Depois resolvo isso com ela...

— Não dá! Ela não para quieta! — avisou, meio apavorada.

     A garota raivosa me prensou na parede e, de uma maneira bem agressiva e assustadora, começou a me dar selinhos. Horror se espalhou com rapidez para dentro de mim, tentei desesperadamente empurrá-la para que não me beijasse, mas a cada investida de afastamento, Alana voltava mais bruta para meus lábios.

— PARA! — tentei a impedir, um misto de pânico, medo e repulsa me afligindo.

     Mas a louca ainda teimava. Entre um beijo e outro, tentei convencê-la:

— O Bento não vai voltar! Desiste! Não tem como!

— ELE TEM QUE VOLTAR! — berrou, era a imagem perfeita de uma psicopata. Mordeu meus lábios tão forte que tirou sangue. Sentir a pontada e o enchaço na região, levei a mão aos lábios, trêmulo, querendo gemer de dor, mas muito travado com a medonhisse dos seus olhos em cima de mim. Alana socou meu peito com força e urrou — TRÁS ELE DE VOLTAAAA!

      Comecei a querer chorar porque temi minha vida... Ela estava muito doida e estranha, seu olhar não era de quem estava disposta a não partir para agressão, era de quem estava disposta a matar para ter vingança...
  Minha respiração ficou curta. Pensei em maneiras de segurá-la, em assuntos para acalmá-la, em qualquer coisa que me livrasse daquela situação.... Mas... Mas...
   ... Mas meu maior pavor começou quando a menina enroscou as mãos pequenas, mas pesadas, em minha blusa e me jogou no chão. Bati costas, ossos e pele com força contra o piso e gemi intensamente, sentindo o ar se refreando em meus pulmões.
   Com a dor aguda se espelhando por minha coluna, deixando meus olhos tontos, a vi, a vi gritando, a vi pondo as mãos dentro da roupa e  tirando uma faca do bolso, a vi apontando-a para mim, a vi brandindo e caminhando em  meu sentido, direcionando a ponta para minhas veias do pescoço.

— TRÁS O BENTO DE VOLTA!!

     Meu Deus! Agora é oficial, ela perdeu a razão! Ficou louca.

    Finalmente chorei. Com a faca se aproximando, só conseguia lembrar da minha irmã... Eu não podia morrer! Precisava cuidar dela!

    Estava sem saída.
    Estava quase sem saída.

   Um vaso quebrou na cabeça da bailarina, a fazendo cair desmaiada.

     Levei alguns segundos para localizar a dona das mãos que o tacaram e entender que tinha sido salvo pela Loriave. Alívio correu para meu coração, mas mesmo assim, fiquei paralisado de medo. A lembrança da faca rente ao meu pescoço me desequilibrava. Só fui capaz de olhar para Loriave que respirava acelerado, alternando seu olhar entre os cacos e a mim, passando a mão nos cabelos loiros completamente perdida. A gola alta de sua blusa parecia sufocá-la.

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora