CAP 41 (Será que desde sempre ela era a resposta?😮)

65 19 0
                                    

CAP 41...........................................................

*** Obs: Esse capítulo pode conter gatilhos a assuntos que remetem depressão e desejo de cometer suicídio. ***


"Entramos. Pisquei os olhos algumas vezes na esperança de ser tudo ilusão da minha cabeça... O túnel estava quebrando?

Ah não — lamentei.

As imagens... Estavam esquisitas... Saía meio que um pó dourado de algumas delas, fazendo elas ficarem um pouco sem vida. Mas as que chamaram mais atenção, eram as totalmente pretas... Não passava mais nada nelas... Era tudo escuro. Contei, 10 ao todo.

— As pessoas que morreram — apontei, me sentindo muito mal. — Cheguei mais perto e li os nomes embaixo de cada uma — Ágatha, Márcio, Fabrício, Leon, Diovanna, Letícia, Marcelo, Gabriela, Josué e Júnior. — Minha garganta começou a fechar. Saber quem morreu, pareceu piorar as coisas.

Kaique... — a Loriave tentou conversar, sentindo pena de mim. Aquilo foi como facas enfiadas no meu peito, pois eu não merecia sua atenção depois de ter dito tantas coisas cruéis para ela. EU NÃO MERECIA NADA! NADA! MERECIA QUE ELA ME EMPURRASSE DE UMA JANELA E ME MATASSE! MERECIA SER JOGADO NA TERRA SEM UM CAIXÃO! MERECIA SER MORTO DA PIOR FORMA POSSÍVEL! MERECIA SER CALADO ETERNAMENTE E PRESO EM CORRENTES PARA NUNCA MAIS FERIR OS SENTIMENTOS DE NINGUÉM, PARA NUNCA MAIS DESEJAR NADA QUE PUDESSE MATAR ALGUÉM.

Alucinado, puxei meus cabelos com a mão livre, contorci meu corpo num sofrimento perfeitamente genuíno. Soquei minha cabeça, soquei meu peito. Eu queria mais que tudo morrer. Queria morrer. Sumir para sempre, me entregar no lugar daquelas pessoas. Queria morrer.

... Ka... Ka-i... que? — Loriave se assustou.

Eu as matei — chorei, deixando meu corpo cair sobre o túnel. — Matei todas elas! Todas elas! Eu sou um monstro! Eu sou a porra de um monstro! A culpa de tudo é minha! Eu sou o vilão! Eu... Eu... Sou... O vilão...

Não é não — passou a mão pelos meus cabelos, motivando minha mão a parar de me maltratar. — É... É o caderno...

Funguei forte, comprimi os olhos com ânsia.

Que só existe porque eu desafiei a morte de alguma forma! — senti ódio de mim.

Não aguentando mais ver os nomes que partiram, avisei:

Eu quero ir embora, vamos soltar as mãos.

Não! — impediu. — Espera! Olha a sua imagem. — Encontrou.

Franzi as sobrancelhas... Havia me esquecido que eu também tinha uma.

Ela está esquisita... — parecia assustada.

Me levantei e compartilhei do seu pavor. Minha cena, estava metade preta e com o pó caindo também.

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora