CAP 35 (CARACA, MANO! DEVOLVE MEU CÉREBRO!!!😵)

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CAP 35...........................................................

       Não sei porque, mas quando minha boca voltou a queimar, nada do que eu vivi fazia sentido mais. Era como se meu cérebro estivesse dividido em dois! Eu tinha consciência que eu era o Kaique, mas minhas atitudes eram de outra pessoa! 

— PARA! PARA DE ANDAR, KAIQUE!! — ordenava para minhas pernas que não me obedeciam.

    Segurei em um poste tentando me controlar, mas meu corpo era mais forte que minha consciência e me soltei, fazendo com que continuasse o caminho para um lugar que eu nem sabia aonde era.

       Pensei em gritar por socorro, mas minha boca não deixou! Pelo contrário! Além de queimar, me fazia ficar repetindo: Estou chegando, Alana.

       Senti vontade de chorar de desespero... Eu estava confuso! Não sabia o que estava fazendo... E o pior! Não conseguia diferenciar quais lembranças eram definitivamente minhas, e quais eram da pessoa que invadiu minha mente.

      E essa sensação de duplicidade, piorou quando entrei em uma academia de dança e dei de cara com uma garota.

— Alana! — sussurrei alegre, sem saber se a alegria era minha, ou do invasor.

        Ela estava um pouco mudada. Seus cabelos antes eram cacheados e cheios e agora estavam lisos. Tá legal! Como eu sabia disso?! Era realmente eu que lembrava daquilo?!

        A garota, que até então estava dançando perfeitamente, parou ao me olhar.

— Posso ajudar? — deu um sorrisinho tímido. 

         Minha cabeça, sem que eu desse o comando, balançou afirmativamente, e as palavras que saíram, não eram completamente minhas, eu podia sentir.

— Será que sempre vai ser assim? 

— Como? — pareceu confusa.

— Um garoto bobo vê uma menina linda dançando e se encanta.

         Ela arregalou os olhos.

— Credo — foi o que comentou estática.

— O que foi? — meus lábios me fizeram sorrir e por algum motivo, eu sabia exatamente no que a menina pensava.

— Desculpa — balançou a cabeça —, é que meu ex-namorado disse isso para mim uma vez... E dessa mesma forma... Só fiquei um pouco assustada... Entende?

        Novamente confirmei sem dar o comando. Meus pés me fizeram chegar mais perto.

— Entendo muito bem... Mas mudando de assunto, quer dançar? — minha voz chamou.

        A garota franziu as sobrancelhas com a minha atitude.

— Olha... Aqui é uma academia de dança, está certo ao querer dançar, mas é que você tem que se cadastrar... E... — se calou meio desacreditada ao ouvir a música que minhas mãos tinham colocado, ignorando o fato de não poder mexer na caixa de som

         A bailarina fechou os olhos e com um sorriso amigo, murmurou:

— Essa música.

ME DIGA SEU NOME (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora