Bad Plans

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Segunda feira é dia de BABADO


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Assim que colocou os pés em Paris, Lila começou a por em prática seus planos. Na sua cabeça existia um único objetivo: pegar sua filha e levá-la para longe dali.

Já fazia um tempo que tinha decidido isso, mais precisamente, desde que Lúcio seu atual homem havia lhe dito que queria se casar e permanecer com ela em Manhattan, local onde estavam morando atualmente.

Porém Lila, que nunca tinha deixado de saber das notícias da capital francesa, acabou descobrindo que Adrien se encontrava numa situação financeira ruim. Ele tinha perdido o emprego na empresa onde trabalhava e por causa disso, estava como atendente em uma ótica no centro de Paris.

O que para ela era inadmissível que sua filha única permanecesse com ele dessa maneira, pois talvez fosse seu único arrependimento: tê-la deixando com Adrien.

Então havia regressado para a Europa com essa finalidade, tirá-la dele para que assim pudesse ter uma vida boa e farta nos Estados Unidos, rodeada de luxo como deveria ser.

Porém, antes de começar a agir efetivamente, deveria sondar o terreno. Escolheu averiguar a situação com os próprios olhos, porque afinal, TINHA que ver se realmente Adrien estava trabalhando numa ótica. Para isso foi acompanhada de Lúcio e um motorista particular local, no qual alugaram os serviços para o tempo que iriam ficar na França.

- Aqui está bom Pierre, da para ver direitinho a movimentação da loja... – A Rossi que se encontrava no banco de trás do carro, sorriu debochada ao dar uma boa olhada no ambiente. – Hunf, francamente Adrien... eu esperava mais de você.

- Cherie? – Sentado ao seu lado Lúcio lhe ofereceu um cigarro no qual ela aceitou colocando na boca para que o homem acendesse.

Deu uma boa tragada jogando a fumaça para fora da janela sem deixar de manter os olhos atentos na saída da ótica.

- Que horas esse idiota sai daí?

- Daqui a pouco meu amor, faltam só uns segundinhos...

Dito e feito. Não demorou muito para que as portas de ferro da ótica descessem e um grupo de funcionários saísse de dentro, incluindo Adrien, a quem Lila arregalou os olhos ao ver, com um sorriso de completo desdém na boca cheia de botox.

- Olha ele ali, ta vendo aquele loiro andando com a mochila preta mais adiante? – ela se aproximou de Lúcio apontando com o cigarro.

O homem riu tragando o seu próprio. – Ah certo.  Sabe que vai ser como tirar doce de criança não é?

- Nem precisa dizer... Adrien esta com cara de acabado, dá pra ver daqui. Isso realmente vai ser muito fácil, com os advogados que estamos pagando...

- Que eu estou pagando. E mais, é bom que resolva logo isso Lila, tenho negócios para tratar em Nova York, não quero perder meu tempo aqui.

A Rossi teve que engolir "o sapo" à seco, limpando os lábios antes de pensar numa resposta rápida. 

- Pode deixar baby...que eu não vou demorar muito tempo para resolver esse pequeno problema. Agora esta certo Pierre, pode ir.

- Oui madame. 

Porém, antes que o carro pudesse sair Lila pediu para que parasse novamente, pois seus olhos avistaram uma cena na qual não estava esperando ver.

Mais adiante na rua, Adrien abraçava e beijava uma mulher um pouco mais baixa que ele. Os dois riram conversando um com o outro até que atravessassem a rua para seguir caminho.

Lila salivou as palavras num tom sarcástico.  - Mas olha só....!

- Uhnn, parece que o boboca ali não é tão boboca assim...

Agindo diferente do que Lúcio pensava, a Rossi começou a rir, mas tão alto que fez com que ele e o motorista se espantassem um pouco.

- Mas ele é sim! - ela deu tampa no acento do carro. -  É um idiota!! Muito idiota!!  Isso pra mim é um prato cheio, porque assim, vai ser muito mais fácil eu tirar a Emma dele!!!

- O que está pensando em fazer cherie, não estou entendendo. 

Lila o fitou com o olhar brilhando de pura confiança, determinação e veneno.

 –É muito simples Lúcio.... Eu vou descobrir quem é essa vadia, o que ela faz e onde mora...! Vai ser através dela, que o próprio Adrien vai entregar a Emma bem aqui... nos meus braços. 

Lúcio encarou seu tipo, deixando a fumaça sair da boca entreaberta ainda com o cigarro preso nela. - Estou vendo... você parece que não tem limites cherie. 

- Não... - Aos poucos, Lila foi se aproximando ficando perto o bastante para que ele sentisse seu perfume misturado ao cheio do tabaco. Ela assoprou a fumaça em seu rosto lentamente, antes de pronunciar as palavras que fizeram sua espinha dorsal estremecer. 

- Não tenho limites para conseguir o que eu quero... e acredite em mim, posso ir e voltar do inferno se eu quiser. Vamos Pierre! 


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