- Estou - Talita responde prontamente. Pega o revólver e o entrega para Adriano, que o guarda no cós da calça novamente. - Só preciso fazer algo antes - ela entra no carro, e é seguida pelo amigo.
- Tudo bem. Vou te dar o tempo que precisa, assim podemos planejar o ataque. Enquanto isso, vou enrolando a Beatrice como der - Adriano comenta colocando o cinto.
Talita solta um profundo suspiro e confessa:
- Quando chegar a hora, terei que me afastar de vocês.
- Me deixa ir com você Talita. Os guias vão me banir da equipe depois do que iremos fazer.
- Não. Eu preciso que fique e cuide da Ane por mim - pede fixando-o profundamente. - Ela vai sofrer muito quando eu for embora. Vai ser pior que me perder pra morte. Eles vão te perdoar e te aceitar de volta.
- Mas pra onde você vai?
- Eu ainda não sei, Dri. Não quero pensar nisso, não agora.
Adriano apenas faz que sim. É muita informação para ser digerida e não quer aborrecer Talita com indagações que nem mesmo ela possui as explicações exatas. Ficam em silêncio ao retornarem para a casa de Nair, cada qual ansiosamente preso em seus pensamentos, matutando no que terão que executar e na colheita de suas ações.
(...)
Ane está passando pelo corredor onde fica a biblioteca procurando pelos outros moradores, e ouve um choro abafado. Entra para ver de quem é, e o que acontece. Encontra Marjorie no meio de algumas prateleiras segurando um livro aberto.
- Jo o que você tem? Se emocionou lendo? - Ane coloca as mãos nos ombros dela sorrindo para descontrair.
A garota não se assusta com a presença da ruiva, como se a sentisse antecipadamente.
- Não é isso. É que... - ela dá uma pausa, desistindo do que ia dizer.
- Ei, sabe que pode confiar em mim, né? - Ane agacha para ficar da altura de seu rosto.
Ela assente cabisbaixa, mais segura para desabafar.
- Unrum. É que eu estou gostando de um menino, mas tenho medo dele não me corresponder por eu ser uma pessoa com deficiência.
- Eu sabia que tinha homem no meio - Ane solta uma gargalhada divertida que acaba contagiando a moça que sorri de canto um pouco envergonhada. - Jo, se ele gosta mesmo de você, isso não será impedimento - a vidente prossegue já séria. - Não vê a Talita e eu? Ela não me deixou mesmo depois de eu ter perdido a visão.
- Eu sei, mas é que não tenho coragem de me declarar. Acho que ele me vê apenas como amiga.
- Me admira você ainda não ter usado sua tatovidência pra descobrir isso - Ane ri.
- Sua boba. As coisas não funcionam assim. Não tenho o direito de invadir a intimidade das pessoas. Mesmo que às vezes me dê vontade - um sorriso suave sapeca brota nos lábios da garota.
- Deixa eu ver; esse garoto por um acaso é o Fe? - a alva franze a testa.
- Como você sabe?
- Eu usei minha vidência agora - Ane zomba.
- Sua sem graça - a moça dá uma livrada de leve no braço de Ane num tom de brincadeira.
- Enfim, ele parece que é meio devagar, então você que vai ter que chegar nele e ver se isso vai além de uma amizade.
- Pois eu digo que ele anda quase parando - Marjorie sorri do próprio comentário.
Ane a acompanha:
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Minha Cowgirl na Cidade ( Sáfico)
Teen Fiction+🔞 Até onde você iria por amor? Seria capaz de abrir mão da sua própria luz? Tudo pode acontecer quando Talita decide ir morar na capital com Ane porque para o amor não existem obstáculos. OBS: SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA MINHA COWGIRL FAVORITA. REV...