Cap. 30

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No alvorecer seguinte, Ane e Talita acordam atrasadas para a faculdade e se arrumam apressadamente para não chegarem muitos minutos depois do horário.
Assim que as aulas terminam, elas voltam para casa.

Ane ajeitava a mala, quando Talita sai do banheiro e vem na direção dela com um ar de uma criança mimada:

- Ane...

- Sim, meu amor, já estou terminando - anuncia fechando o zíper da bolsa, que está em cima da cama - Primeiro, nós iremos almoçar com a namorada do papai, e depois vamos buscar a Iaska, e o Dri, e encontrar com o Ryan e a Isa na faculdade, para só então seguirmos viagem - explica serena como se a acalorada discussão da noite anterior não tivesse acontecido. Acordar nos braços de sua vaqueira, aspirando seu cheiro, é alentador e tranquilizante. Dormiram mais do que deveriam, porque haviam acordado durante a madrugada excitadas e fizeram um amor de deixar as pernas bambas. Mesmo depois de escovar os dentes podia sentir o gosto viciante de sua amada, qual deseja ardentemente guardar pela eternidade. Depois que traíra Talita e soubera do seu desencarne precoce sua insegurança aumentou drasticamente, então está sempre imaginando que ela fará o mesmo consigo, o que termina por motivar reações instintivas. Porém, acredita que Iaska é de fato a mulher perfeita para substituí-la, seja pela afinidade, suas inúmeras qualidades, e principalmente por ser médium como elas. Porque pessoas como elas precisam de compreensão e por vezes são tachados de desequilibrados mentais. Arrependia-se amargamente por ter si deixado levar por carência e curiosidade e traído sua noiva. Infelizmente, não tem como voltar no passado e fazer diferente, porém, pode usar a experiência como lição aprendendo a valorizar mais sua relação amorosa. Afinal, já dizem; quem nunca errou que atire a primeira pedra porque não existem pessoas perfeitas, apenas seres humanos tentando evoluir. Talvez, Talita nunca irá reconhecer que está fazendo isso por amor a ela, já que quem ama verdadeiramente quer ver a pessoa amada feliz seja qual for a circunstância. Já fora egoísta demais com sua cowgirl favorita e vê nisso uma oportunidade de se redimir, mesmo que seja imensamente doloroso sacrificar seu orgulho para incentivar um romance entre ela e Iaska sem que a mesma saiba. Tudo que deseja é que, Talita fique bem quando partir e não se afogue no sofrimento. E nada como um novo amor para curar o velho, embora este possa ser inesquecível. A questão é que, não espera a aprovação de ninguém, pois seu único foco é a felicidade de sua noiva, ainda que a essas custas.

- Ok, Ane. Mas não é isto. Tenho mesmo que ir com essa roupa? - Talita questiona tentando puxar a calça social, que fica extremamente apertada em suas coxas, e arrumando a camisa roxa na cintura.

Ane se vira para ela rindo:

- Sim, Talita, é um almoço formal. Não sabemos o quanto a etiqueta é importante para a namorada do papai.

Talita revira os olhos, bufando:

- Ah, que saudades de andar de bermuda e chinelos!

Ane rouba um beijo da morena:

- Sua bobinha! Você está linda! Não posso te ver, mas consigo enxergar suas formas!

Talita sela a boca da eterna ruiva nova vez.

- Se está dizendo... Mas prefiro uma boa roupa surrada e larga. É mais confortável.

Ane sorri.

- Em casa eu prefiro você totalmente nua... - comenta apertando a bunda malhada da vaqueira.

- Tu é uma safada! - replica cheirando o pescoço de sua amada.

- Agora vamos! Ajude-me com a mala! - Ane exige afastando-se para não mergulhar na própria excitação.

- Pode deixar, eu levo! - Talita pega a bagagem apenas com uma mão como se não pesasse nada e com a outra livre enlaça a cintura de Ane.

Minha Cowgirl na Cidade ( Sáfico) Onde histórias criam vida. Descubra agora