Cap. 18

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Ane fica observando Talita se vestir. As roupas de Adriano a trajam perfeitamente, uma vez que os amigos possuem o mesmo porte físico, apesar da vaqueira ter menos idade que ele. Ela finaliza ajeitando o casaco ao fechar o zíper.

- O que foi minha sardentinha? - investiga notando a concentração da noiva em si.

- Ai amor, está passando um monte de coisa pela minha cabeça - Ane se aproxima abraçando-a. - Está tudo tomando um rumo estranho.

- Estranho é essa palavra sair da boca de uma garota que fala com gente morta!

Ane sorri gostosamente, em seguida fecha o semblante:

- Não tem graça sua tola!

- Tem sim - Talita ri. - Você se acabou de rir!

- Fala sério pelo menos uma vez na vida amor! - Ane faz bico.

- Ok, ok. Tu tem razão. Mundo pequeno, não é? Quem diria que o Adriano estava por aqui e conhecia a Iaska?! Você saberia se tivesse tentado ser amiga dela!

- Mas que direta mais idiota Talita! Eu não gosto dessa garota! Por isso nunca dei bola pra ela apesar de ter algo nela que me intrigava - Ane resgata seus braços para abraçar o próprio corpo.

- Por que não? O que ela te fez?

- Ainda vai.

- Como assim? - a vaqueira questiona interessada.

- Eu não sei, mas eu sinto que posso te perder pra ela!

- Ah, deixe de besteira Ane! Tu está é com ciúmes bobo!

- Não é ciúmes! É pressentimento. É diferente - Ane dá de ombros.

- Eu amo tu sardentinha! Não quero outra mulher - Talita garante segurando o queixo dela.

- Jura? - a eterna ruiva cola suas testas.

- Não tenho que jurar, Ane - Talita replica. - Eu deixei a cidade que amo pra vir morar aqui, o que mais tenho que fazer para provar meu amor? - suspira indignação.

- Nada! Desculpe! - Ane dá repetidos selos em sua cowgirl. Não há o que contestar.

Adriano entra no quarto e as flagra no momento íntimo. Havia saído para dar privacidade para Talita se vestir e retornou achando que ela já tinha terminado.

- Foi mal. Devia ter batido - explica-se.

- Tudo bem Adriano. Já terminamos - a vaqueira o abstém no movimento de fechar a porta novamente.

- Ok então. Que tal darmos uma volta? O luar está lindo.

- É uma boa ideia! - Ane caminha na frente.

- Não concordo, pra mim nenhum se compara ao de Vicente Diaz - Talita resmunga os acompanhando.

Adriano sorri e aconselha:

- Desapegar é bom, Talita.

A vaqueira o ignora.

Eles passam pela sala onde Iaska e Nair conversam sentadas no sofá.
A moça lança um olhar desejoso na direção da sertaneja, sem se importar em disfarçar, no entanto, todos fingem não perceber.

- Que bom que acordou, Talita - confessa com os olhos brilhantes.

- Obrigada pela ajuda Iaska - Talita retribui a amizade. Por causa da confusão mental, se recorda vagamente do que houve, porém o suficiente para compreender o episódio.

- É um prazer te conhecer desperta Talita. Sou a Nair, tia da Iaska - a senhora se levanta estendendo a mão com um sorriso radiante.

- O prazer é o meu - Talita a aperta.

Minha Cowgirl na Cidade ( Sáfico) Onde histórias criam vida. Descubra agora