Uma semana já havia se passado da visita do Stark e nada havia mudado na rotina de Riley, bom, nada além do normal, seus códigos foram destruídos pelo sistema de segurança que tentava quebrar e a garota junto de cinco tiveram que reescreve-los melhores e foram algumas noites em claro. Riley notou que o menino Peter estava tentando se aproximar, todos os dias a chamava para ir ao colégio juntos e almoçar juntos, além dele ficar a observando durante as aulas e isso era realmente muito estranho, ou ele estava tramando algo ou ele estava apenas afim dela.
Neste momento a garota estava sentada em frente ao seu computador e escrevia seu novo código enquanto conversava com cinco, até que sua campainha tocou a tirando de seu foco.
— Sim?
— Riley Hall Stark?
Era uma mulher, alta e morena, havia uma pasta em sua mão e ela já imaginava que não era boa coisa.
— Sim, quem deseja?
— Me chamo Melanie, sou assistente social. Podemos conversar por um segundo?
Ela assentiu com a cabeça e deu espaço para a mulher entrar em seu micro apartamento, a moça observou todos os detalhes o quanto pode e então sentou-se ao lado da garota.
— Você sabe por que estou aqui? - Riley negou e ela sorriu triste.— Sua mãe, Hailey Hall faleceu há um mês e você ainda não entrou em contato com seu pai, de acordo com a lei aqui nos Estados Unidos um menor não pode viver sozinho sem ter como se custear e estudar.
— O que isso quer dizer?
— Você deve ir morar com seu pai ou infelizmente eu precisarei lhe encaminhar a um orfanato.
Aquelas palavras eram as que ela mais temia. Ela sabia que um dia isso poderia acontecer mas estava torcendo que demorasse. Quando conversou com uma das assistentes sociais logo após a morte de sua mãe a mesma já havia comentado sobre a possibilidade da garota ser reposicionada a um orfanato se não for localizado seu pai e como seria impossível isso não acontecer ela mesmo decidiu fazer a ligação, que pelo que perceberam, nunca ocorreu.
— Quanto tempo tenho?
— Dois Dias, seu processo já está nas mãos do juiz.
Após mais alguns minutos conversando as duas deixaram o apartamento, a assistente para ir embora e a garota para ir trabalhar, ela estava ciente que poderia ser um dos últimos dias de trabalho dela lá naquela lanchonete mesmo contra suas vontades e estava tentando bolar um plano em o que fazer, ir morar com seu tão querido pai e destruir seu orgulho ou simplesmente ir morar em um orfanato e dividir o quarto com outras diversas crianças. Era uma decisão complicada e por mais que odiasse seu pai, não odiar, ódio é uma palavra muito forte, mas tinha um leve receio em ir viver com ele, sabia que ir morar em um orfanato não era algo que ela também iria querer, ela definitivamente estaria indo para o fundo do poço.
No outro dia já estava preparando para ir conversar com o pai em seu prédio, havia pedido folga no estágio e evitado almoçar para não passar mal durante o caminho de tanto nervosismo.
— Industrias Stark, como posso ajudar? - disse uma moça simpática na recepção do enorme prédio.
— Me chamo Riley Hall, eu vim ver o Sr. Stark.
— Você tem hora marcada?- perguntou ela olhando para o computador.
— Não, mas ele sabe quem sou eu.
— Só um minuto. - ela pegou o telefone e discou algum número, trocou algumas palavras e desligou. — Sinto muito Srta. Hall, mas Sr. Stark não está no momento.
— Como assim? Eu vi ele sobrevoando o prédio logo que cheguei.
— Foi o que me informaram. - ela disse e então foi atender o próximo da fila.
Sai do prédio e bufei, ele não queria falar com a garota era óbvio, Riley havia visto ele segundos atrás e agora dizem que ele não está? Isso era um absurdo.
A garota caminhou até a lateral do prédio, ela não sairia dali até falar com o pai e teria que achar outra forma de entrar. Na lateral havia uma porta e para acessa-la havia um cadeado eletrônico que claramente para Riley era muito fácil hackear-lo, já que em segundos a mesma já estava subindo as escadas até a cobertura. Se aproximando do cômodo principal escutou vozes, seu pai claramente, um outro homem e uma mulher e de vista era um homem negro e uma mulher loira. Ela sabia quem ela era, sua "madrasta" de acordo com a lei, mas tecnicamente ela nem deveria saber quem a garota era e ele era Rhodes, o outro homem lata.
— Senhor, quero avisá-lo que temos companhia.- disse uma voz robótica e então a porta de vidro foi aberta.
— O que você faz aqui? Pensei que havia dito que eu não estava.
— Bom, seu sistema de segurança é péssimo.- respondeu a garota observando o cômodo.
— Eu atualizei esta semana.- Tony disse furioso e ela então o fitou.
— Faça novamente ué.
— Você deve ser Riley, certo?- disse a loira sorrindo e indo em direção a garota.— Sou Pepper, namorada do seu pai.
— Eu sei, Tony, podemos conversar? - disse ela direta, não poderia perder mais tempo.
— Agora quer conversar? Até na semana passada não queria saber nada de mim, além de ter sido estúpida.
— Eu sei e eu sinto muito.
— Isso não importa mais, não quero mais saber de você, como você mesmo disse, sua mãe não iria querer que você conversasse ou ao menos ficasse perto de mim, então faça o favor de ir embora. - Tony estava sério e cada palavra não significava nada para ele mas ele estava com raiva, raiva da forma que a garota havia o trato no outro dia.
— Mas...- ele a interrompeu.
— Mas nada, a partir de hoje você não significa mais nada para mim, e não se preocupe, não iriei mais enviar-lhe os cheques e você estará livre de mim, pode ir, viver sua vidinha medíocre.
Ela estava estática, aquilo não havia sido como ela esperava. Por fora ela estava simplesmente paralisada mas por dentro ela gritava.
— VÁ. - gritou ele tirando-a de seus pensamentos e a fazendo rapidamente sair do prédio.
Ela desceu as escadas correndo e podia sentir suas bochechas queimarem e algumas lagrimas escorrerem, ela se arrependia daquele dia com seu pai e não queria ter dito aquelas coisas mas estava sobrecarregada e ele havia chego do nada em sua vida novamente, ainda mais após a morte de sua mãe. Mas agora, ela precisava dele, ele era a única pessoa que poderia ajudá-la e ele a ignorou, a excluiu de sua vida para sempre.
Após deixar o prédio a garota pegou o telefone de seu bolso e discou o número de Melanie, a assistente Social.
— Melanie? Quando terei que me mudar para o orfanato?
CONTINUAAAA?
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Cry For Me - Peter Parker
FanfictionRiley Hall Stark nos corredores de seu colégio é como qualquer outra garota de ensino médio, apática e perseverante. Mas na escuridão de seu quarto ela é rápida, misteriosa e muito boa no que faz, ela é como outra pessoa, ela é RS.