Chapter eighteen

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"Meu mundo é mudo, cheio de silêncio que fala"
(Revisado )
*camila Cabello pov*

• meses antes.

Me custava acreditar que elas estavam mesmo juntas, que a Lucy mais uma vez, consegui roubar algo meu. Ela sempre termina roubando as minhas coisas.

— Camila, vou no shopping com a Vívian, tchau amorzinho. — kendall meleca meus lábios com um gloss vermelho grudento

— tanto faz. — digo limpando com as costas da mão, aquele negócio peguento de meus lábios e logo colocando minha calça preta, em quanto "minha mulher" sai com um vestido vermelho horrível.

Quando ela sai, eu suspiro com a sensação que a solidão trás, com uma mulher como aquela solidão era a melhor saída, bom, pelo menos serve para alguma coisa, ou Sérvia né, porque nem pra me satisfazer ela serve mais. Tenho que tapar meus ouvidos para não ouvir seus seus gritos.

— Senhora Cabello o café está pronto.— a empregada avisa e eu rosno.

— tá, agora sai. — digo com raiva e ela sai correndo.

Meu dia estava sendo o pior que pude imaginar, eu me sentia impotente, sufocada, presa e eu nem ao menos sabia o porque.

Desci as escadas encontrando todos na mesa.

— bom dia querida — diz minha mãe.

— bom dia.— digo baixo logo me sentando.

Tomei meu café enquanto algumas coisas teimavam em rondar a minha mente, eu ainda me sentia desconfortável, com a ideia de que aquela mulher ia se casar com minha irmã, e que ela agora estava com minha irmã.

Eu estava confusa, mas isso não me interessava, eu a teria de volta, ou então, faria a vida das duas um inferno.

Nem eu, nem ela.

Depois que a Lauren se foi, eu não consegui fazer nada, digo, eu não fui atrás, porque sabia que ela sofria comigo.

Eu sabia que eu a machucava e que todos os dias eu era o motivo da insônia dela, eu não podia dizer que eu a amava pois isso seria uma tremenda mentira.

Eu sentia desejo mas depois de perceber que ela sentia bem mais que isso, eu simplesmente preferi me afastar, e eu tenho minhas necessidades, não posso dizer que me arrependo de tudo que fiz.

Porque eu não me arrependendo, mas me arrependo de não ter dado um basta o quanto antes nisso, de ter dado um basta quando os três anos chegaram, não só para poupar a mim mesma. Mas também para poupar a ela, e eu sei que fui uma filha da puta, mas essa sou eu, eu sempre serei assim.

Eu sempre serei essa pessoa amarga, que sempre vai odiar tudo e todos, mas vai manter um sorriso no rosto, sempre me roubaram tudo, minha vida foi feita apenas para ter plateias e pessoas que só queria ver e tomar parte da minha vida.

Sempre tomei olhar de decepção, mesmo quando me esforçava ao máximo, nunca recebi amor além do da minha mãe, eu nunca fui compreendida, pois eu nunca tive ninguém na vida.

Então, eu simplesmente, não sei amar.

Consequence Onde histórias criam vida. Descubra agora