Chapter twenty-five

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" Só senti falta de ser quem você amava "
(Revisado)

*Lauren jauregui pov *

• atualmente.

Olho para a figura da minha melhor amiga na minha frente, enquanto ela segurava um copo de frampuccino nas mãos, ela sorria por ter acabado de comer como se não houvesse amanhã.

— A Dinah quer que você apareça na casa dela amanhã, vai todo mundo. — Veronica disse olhando para a loja de conveniência.

— ela me disse, mas eu ainda estou vendo. — ela balança a cabeça e se despede, logo entrando no seu carro vermelho, como minha casa era perto, eu não precisei de carro, então fui caminhando.

Como sinto uma mão sobre meus ombros, me viro pronta pra dar um soco, mas me deparo com uma mão delicada que segura e impede meu golpe.

— belo golpe, mas muito lenta. — diz Camila sorrindo e eu bufo. — essa hora você já estaria dura no chão.

— o dia que você dor professora de luta ou algo do tipo, peço sua opinião. — digo e ela ri, idiota.

— tudo bem, me desculpa, mas tá indo pra onde?.— pergunta e me acalmo,  quase tendo um ataque ao encara-la.

Ela parecia saudável, seus braços estavam mais fortes, como se estivesse malhando ou algo do tipo, vestia uma blusa de ceda e uma calça jeans, nada de terninhos e roupas caras.

— pra casa ué.. —digo dando de ombros.

— quer ir pra algum lugar? —ela arqueia a sobrancelha, e fica ainda mais bonita.

— só se for um bar bem bosta, onde servem bebidas mais baratas que água — falo respirando fundo, e eu não consigo para de pensar na Lucy, eu tenho a impressão de que ela está me escondendo algo.

— eu conheço um lugar aqui perto, eles tem caras chorando e bebados contando histórias toscas. — fala.

— então vamos.. — caminhamos em direção ao tal lugar, ela sorri olhando pra frente e prendendo os lábios entre os dentes.

E ao chegarmos, me impressiono em como isso ainda não está fechado.

— porra, esse lugar deveria ser fechado, o cara mijando do lado de fora é como uma ofensa!.— digo e a Camila gargalha já chamando o barman fedido e pedindo dois copos com uísque.

— só porque o pau do cara parece um taco de golfe, você se sente ofendida?— diz Ela suspendendo a sobrancelha.

— claro que não, só me senti ofendida porque ele pode mostrar o pau dele e nós não podemos mostrar nada — digo emburrada. E ela gargalha.

— sair nua não é uma coisa considerável.— diz sorrindo.

Eu apenas reviro meus olhos negando com a cabeça, o Barman nos serviu a bebida, e logo demos um gole. tinha gosto de álcool com mijo ou algo parecido, isso aí não é nem de perto uísque.

— começou a festa.— Camila diz quando um cara se senta e começa a beber todas.

Horas depois de beber mais que cinco rodadas de uísque, estamos aqui, brincando no parquinho. Camila resmunga quando o balanço não se mexe.

E eu me sento no escorregador, mas minha bunda fica presa e não me deixa sair do lugar, sinto vontade de chorar porque acho que ele está quebrado, porque eu não consigo escorregar, porra.

— Shi, Lauren, sua bunda é tão grande que acho impossível escorregar.— Camila resmunga meio grogue e eu choramingo.

— mereço em, será possível ouvir um endemismo desse em plena madrugada.—digo tentando me levantar, mas não consigo.

— que madrugada, ainda são dez da noite.— ela ri negando. — sabe oque eu fiz ontem a noite? — Camila se senta na areia me encarando com o rosto entre as mãos.

— não e não me importo. — digo fazendo biquinho.

— me masturbei pensando em você.— disse e uma raiva me domina eu tento sair,mas continuo presa.

— quando eu sair daqui, juro que acabo com voce.— digo e Camila ri.

— é sério, você é muito gostosa.— diz manhosa e eu sinto raiva da minha bunda por não me deixar sair. — eu também tenho algo a dizer mas não conta pra ninguém. — ela sussurra, e se senta de frente para a escorregadeira.

— não quero saber — resmungo

— eu acho que estou apaixonada — diz e eu a encaro. — mas nem sei como contar pra ela, afinal ela é comprometida.— ela resmunga e eu continuo em silêncio.

(PLAY NA MÍDIA)

— eu sei que ela gosta de ler, e escreve muito bem, seu escritor favorito é um cara safado e velho, um dos seus poemas favoritos se chama melancolia.— Camila sorri.

— odeia quando dizem que ela é a pessoa mais interessante do mundo, porque odeia ser alguém que as pessoas querem ser, odeia quando falam mal da suas bandas e livros favorito, fuma quando se sente ansiosa. — Camila fecha os olhos.

— sente falta de alguém, chora quando alguém se sente horrível, dorme de cabeça pra baixo da cama, e coloca um travesseiro entre a perna. sua música favorita se chama sail e ela toca teclado. — lágrimas escorrem de seus olhos.

— mas oque eu admiro nela e que ela sempre tem esperança, sorri quando todos esperam que ela chore, vive quando nós a achamos morta demais, ama quando precisa odiar, e se machuca pra não machucar os outros... — Camila chora enquanto sorri — finge estar bem quando realmente não está, e sempre está lá, ela nunca vai realmente embora, e isso faz com que eu me odeie.—Camila me encara.

— eu me odeio porque perdi tudo isso, porque eu não percebi, porque eu nunca a beijei com amor, porque eu nunca fiquei acordada a vendo dormir, porque eu nunca beijei seus cabelos, porque eu nunca fiz amor com ela, porque eu nunca sorri pra ela, eu nunca mereci um sorriso, mas me odeio mais ainda...— ela encara o céu

— me odeio mais ainda porque fiz ela me odiar, a fiz chorar, a fiz ir embora. — ela soluça a cada vírgula.

— e eu sei que jamais vou merecê-la, jamais vou poder contar que li todos os seus livros, que li todos os seus poemas, que li seu livro favorito e que o meu poema favorito se chama banheiros, que eu escutei suas músicas favoritas, que eu odiei beber chá de café, contar pra ela que chá de café existe, ou perguntar como foi o dia dela, ou perguntar se ela me ama, ou perguntar se ela vai ficar...— eu a encaro sem reação.

— ou contar que, eu realmente a amo, a amo mais que qualquer coisa , que por ela eu iria a qualquer lugar do mundo, que eu escreveria as melhores músicas pra ela, que eu jamais a deixaria ir embora outra vez, que eu só... amo você. — eu escorrego caindo em cima da Camila, e tudo parece parar, os pássaros ficam presos no céu, e o ar não é necessário, os anjos existem e o castanho se torna minha cor favorita. Derrepente, tudo oque eu vejo são lagrimas secas e um coração tão quebrado quanto o meu.

Um coração quebrado pela própria dona, uma humanidade pura, e amor, eu jamais vi tanto amor, eu nunca vi um coração tão quebrado que parece pó.

— fiquei por dias, todos os dias decorando minhas falas, mas é apenas a verdade. — ela sussurra é uma lágrima cai em meu rosto. —fiquei a noite toda acordada e nem sei como dizer isso. Eu tenho muito a perder. — no momento que sinto seus lábios nos meus, eu agarro sua camiseta, a abraçando e ela chora, enquanto nossas línguas se chocam, ela agarra meus cabelos em quanto minhas lágrimas caem tbm, ela me beija tão bem, tão suave , era como o primeiro beijo, tinha amor, amor, amor, mas eu me afasto.

Me levanto a dou as costas, ainda ouvindo seus soluços.

Quando estou pronta para sair correndo dali, meu corpo trava ao ouvir sua voz recitando um trecho do meu livro.

— nunca estive tão indefesa e você, continua construindo suas barreiras, mesmo que não consiga perceber. — e eu corri, corri até não conseguir enxerga-lá mais.

Consequence Onde histórias criam vida. Descubra agora