Capítulo II - Flores Salgadas

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✦Olá^^

✦Mais personagens aparecendo na nossa pequena aventura.

✦Aproveitem a leitura!

(***)

Correntezas Escarlates

Capitulo II

Flores Salgadas

Ichibi – Navio Pirata

- Se os ventos continuarem assim chegaremos a Sirena antes de anoitecer. – Baki, primeiro imediato do navio anunciou entrando na cabine do capitão conhecido como Shukaku. – Gaara?

O jovem pirata ruivo ouviu, mas nem se deu o trabalho de erguer os olhos verdes da caixinha que tinha toda sua atenção. Apenas maneou com a mão para indicar que havia entendido. Baki segurou o suspiro de frustração ao reconhecer qual era o objeto que tinha tanta devoção do capitão.

- Você tem algo a mais para me dizer?

- Outra vez olhando para isso? – Fechou a porta com força demonstrando sue desagrado.

- É a minha única conexão com o passado.

A caixa de madeira finamente entalhada continha no seu interior uma pulseirinha de bebê feita de ouro com o nome Gaara inscrito no metal precioso. Aquela era a única relíquia que possuía da infância e conexão com os pais, esses eram comerciantes que morreram ao serem pegos no meio de um confronto entre a marinha e piratas quando faziam uma viagem.

Ironicamente, ele foi acolhido e criado como filho, justamente por um pirata. Baki cuidou dele como um verdadeiro pai e talvez nunca pretendesse lhe contar a verdade sobre suas origens, porém dada a sua percepção, ainda criança, notou que havia algo de errado e conforme foi crescendo tornou-se impossível que o outro homem escondesse a verdade.

- Remoer o passado é perda de tempo Gaara. – Sibilou em tom seco. – Eu entendo a sua curiosidade em querer saber mais sobre seus pais, mas eles estão no fundo do oceano, não há mais nada que possamos fazer.

Resignado o capitão do Ichibi fechou a caixa e a guardou de volta na gaveta. Sabia que o outro falava nada além da verdade, e por mais que as palavras parecessem duras e insensíveis eram para o seu bem. A vida no mar não dava brecha para muitos sentimentos. Entendia aquele conceito melhor que ninguém, não era atoa que havia se tornado capitão daquele navio com míseros dezesseis anos.

- Como estamos de suprimentos? – Melhor focar em questões práticas.

- Nada que não possamos reabastecer assim que chegarmos a Sirena. – O imediato suspirou internamente ao notar a forma que o ruivo parecia desanimado. – Naruto vai estar lá, acredito que vão discutir aquele assunto.

- Provável, ele acima de qualquer outro tem interesse em saber sobre aquele bastardo – levantou para pegar um das garrafas de rum organizadas na sua adega pessoal.

- Depois de Sirena você tem algum lugar em mente para irmos?

O jovem capitão deu os ombros. Não, não tinha um plano traçado sobre o que faria após Sirena. Quem sabe Naruto não lhe dava uma dica? O loiro sempre parecia ter um pressentimento de onde devia estar.

A amizade deles era longínqua e o respeito mutuo, faziam parte da mesma irmandade e viviam sob um código de honra rígido. O que até poderia soar bastante irônico considerando que a reputação que piratas, mas eles nunca, jamais matavam por prazer. Era graças ao Uzumaki que seus impulsos estavam mais controlados, em outros tempos foi considerado a carnificina em pessoa e por muitas noites privado de sono, por causa aos rostos dos que assassinava. Graças a todos os deuses dos mares aquele tempo havia ficado para trás.

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