NO FLAWS • Corbyn Besson

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"A habilidade de suportar a dor é a arma de um guerreiro. Domine isso e nada terá poder sobre você. Nada."

The Originals.

Suze Clark

Chego na casa dos meninos depois de ter passado mais três dias de observação.

Entro em casa me sentindo extremamente cansada devido ter passado horas no carro.
Olho tudo ao redor, me sentindo enfim em casa.

Abraço todos e sigo para o quarto do Corbyn. Subo as escadas e entro no mesmo, deitando na mesma e me sentindo estúpida.

Como eu pude arriscar minha vida  novamente  desse jeito? Como pude deixar o ciúmes e o ódio por Christina, me domar? Eu sou melhor que isso. Eu quero ser melhor que isso.

Decido ir tomar meu banho, pois em menos de uma hora a minha mãe virá conversar.
Sei que preciso me preparar pra ouvir suas duras palavras, pois é só isso que ela diz pra mim, palavras duras.

Saio do box enrolada no roupão, logo vendo Corbyn, sentado na cama com uma bandeja na mão.

- Eu trouxe sanduíche. - ele diz sorrindo, e reparo no quão cansado ele aparenta estar.
Seus olhos então vermelhos, e as olheiras são muito evidentes. Assim como ele aparenta estar muito mais magro que o normal, e isso é culpa minha.

- Vem cá, amor. - abro os braços e sinto ela passar os braços pela minha cintura, me levando para o seu colo. Passo meus braços pelo seu pescoço e acaricio seus fios loiros.

- Eu tive tanto medo de te perder.

- Eu não vou a lugar nenhum. - me aproximo juntando nossos lábios, matando um pouco da saudade que eu estava sentindo.

- Desculpa casal - me separo de Corbyn, vendo Zach na porta. - Sua mãe chegou. - ele olha na minha direção apreensivo.

Aceno com a cabeça em agradecimento, e já sinto as minhas mãos soarem.

- Você pode conversar com ela na sala. - Corbyn pega na minha mão. - Vamos estar todos aqui no andar de cima.

Sorrio e me levanto, descendo até a sala e vendo todos subindo. Passo por Shawn, e ele dá um beijo em minha testa, tentando me passar segurança.

Vejo Lorena, com os seus inseparáveis óculos escuros, e me aproximo.

- O que você quer me falar, mamãe? - a olho apreensiva e a vejo sentar, mandando eu fazer o mesmo.

- Eu te tirei do Brasil por causa das suas crises, e até aqui no outro lado do mundo você me causa problemas? - ela nem sequer tira os óculos pra falar comigo.

- Foi um acidente. - digo e vejo ela apertar as mãos.

- Do mesmo jeito que foi um acidente você ter tomado vidros e vidros de comprimidos? - ela fala mais alto e eu tento ser forte, não quero chorar na frente dela. - Você me enoja, Suze.

- Você não tem o direito mãe. Você não tem ideia de como eu me sinto.

- O que eu sei, é que você sempre teve tudo. - ela aponta pra mim. - E mesmo assim se transformou em uma porra de uma suicida.

Meu coração dói por inteiro quando ela grita isso. Sim, eu sempre tive tudo com o dinheiro que meu pai tem, mas eu nunca tive o que eu precisava... Amor.

- Você não sabe de nada.

- Não adianta ficar brava, Suze. Você não é nada além de um brinquedo quebrado. - ela retira os óculos e me olha. - eu tentei por muito tempo te consertar!

- EU NÃO ESTOU BRAVA, EU ESTOU COM DOR. - grito quase chorando. - E FOI VOCÊ QUE ME COLOCOU AQUI, A PESSOA QUE SUPOSTAMENTE ERA PRA ME AMAR MAIS QUE TUDO.

Respiro fundo tentando não chorar, eu não posso mostrar pra ela que estou destruída.

- E você não pode me consertar - olho pra ela. - Eu não sou um brinquedo quebrado, eu não preciso ser consertada.

- O que tem de errado com você? O que você se tornou? - ela se aproxima apertando o meu braço.

- Eu me tornei isso, devido as coisas que você fez comigo. Você me odeia porque eu estraguei sua carreira de modelo, como se eu tivesse culpa de você ter engravidado. - me solto do seu aperto. - Era isso que você queria, mãe? Porque se foi, parabéns, você estragou alguém.

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Capítulo grande pra compensar por não ter postado ontem.

Tirei inspiração de alguns áudios de séries.