Prólogo

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Cinco Anos Atrás

Após passar todo o tempo das férias de verão ouvindo a falação ininterrupta do irmão mais velho sobre como era incrível frequentar a velha e famosa Hogwarts, finalmente chegara a vez de Regulus ir para a renomada escola de Magia e Bruxaria.

O jovem garoto sentia uma estranha satisfação por saber que ao menos naquele período de recesso, o irmão tendia a não se dar muito bem. Visto que, recebia quase todo o tempo, reclamações e a discriminação direta dos pais por ter quebado uma tradição de centenas de anos que a família dos garotos seguia...

O que dava ao Black mais moço certa vantagem já que, segundo a crença de seus pais, sendo ele o favorito, seria mandado para a casa a qual pertencia legalmente com toda a certeza. A casa que fora fundada há tempo demais para o garoto ou qualquer outra pessoa viva saber dizer o quanto, por Salazar Slytherin.


"Tudo pronto aí encima?!" O menino arqueou as sobrancelhas e dera um leve sobressalto de susto assim que a voz firme da Sra. Black soara por toda casa.

Dando a impressão de que as paredes tremulavam por alguns instantes.


Apressando-se, pegou o pequeno objeto na cabeceira de sua cama e rumou em direção as escadas de onde os gritos pareciam ter vindo.

Regulus teve a má sorte de cruzar com o irmão, alguns centímetros mais alto e que esboçava um sorriso que beirava a excitação, enquanto usava um chapéu cônico preto - horrível na opinião do mais novo - em um dos estreitos corredores do Largo Grimmauld, número doze.


"Feliz por finalmente ir para Hogwarts, Reg" Sirius não deixou de perguntar, erguendo uma das sobrancelhas negras, iguais as do mais baixo, com o tom de provocação sendo quase palpável no ar.


Regulus ergueu a cabeça, como se afastasse medeixas de um cabelo longo e inexistente do rosto e o olhou de cima a baixo com um ar de superioridade no gesto.


"Feliz é uma palavra muito forte..." Desdenhou ele de forma arrastada, como se estivesse com sono, afastando-se antes que o irmão tivesse tempo de rebater.


Prestes a virar para o próximo corredor, viu de relance por cima dos ombros quando Sirius dera de ombros simplesmente e continuou seu caminho, provavelmente com uma expressão um pouco mais abalada agora...

Regulus sentiu a sensação de satisfação aumentando em seu peito e fazendo com que um sorriso mirabolante nascesse sobre os lábios enquanto ia ao encontro dos pais na cozinha.


[...]


O vapor cinzento e quente era jogado sobre a multidão de bruxos e bruxas de todas as idades que, ou embarcaram ou estavam ali para embarcar seus filhos que entravam sorridentes na enorme locomotiva vermelha que os esperava prontamente.

Regulus sentiu um estranho desconforto causado pela multidão que o envolveu de um segundo para o outro. Sirius desapareceu logo após cruzarem a passagem para entrar na plataforma, deixando para trás um Regulus que conseguia imaginar o irmão empurrando o seu carrinho com as malas como se fosse um velho motorista embriagado sem fazer muito esforço. Sentindo-se perdido e atordoado, após receber um último aviso da mãe que deveria escrever para casa somente se fosse selecionado para a casa a qual todos, inclusive o menino, esperavam que fosse e tomasse partido que caso contrário não receberia resposta e sem ganhar sequer um abraço de despedida - não que ele estivesse esperando por isso - adentrou pelas portas do trem, puxando a barra das vestes para junto do corpo a fim de impedir que se prendesse ou tocasse em lugares que não deveria, e começou a caminhar em busca de uma cabine vazia para poder se sentar.

𝗲𝘃𝗲𝗻 𝘁𝗵𝗲 𝘀𝘁𝗮𝗿𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗹𝘀 {bartylus}Onde histórias criam vida. Descubra agora