2. Você Promete?

959 132 129
                                    

(n/a): heyy, eu resolvi fazer o ponto de vista do barty também, acho que agora será assim, um capítulo no ponto de vista de um e do outro. espero que gostem. (:

×××


Quando acordei na manhã seguinte a primeira coisa que me ocorreu pensar foi que havia dormido na cama de Regulus e que, até aquele momento, tinha um dos braços do rapaz envoltos em minha cintura, segurando-me como se temesse que eu pudesse evaporar; como se eu fosse de fato, me desintegrar a qualquer momento caso ele me soltasse.

Levantei sem conter o sorriso que brotara em meus lábios, por mais que uma dor aguda e chatinha fosse sentida em minhas têmporas por ter chorado rios na noite passada. Eu sentia um pouco melhor por saber que, independente do que acontecesse, de quantas brigas tivesse com meu pai, Regulus sempre estaria ali, de braços abertos para me abrigar e me acalentar até que a dor sumisse por completa de meu peito.

Assim como eu também estaria ali por ele sempre. Não somente de braços, mas com o peito aberto para que ele enxergasse o meu coração; para que ele o roubasse, que fizesse o que bem quiser, pois pertencia unicamente a ele desde que eu me lembro e me entendo por gente.

Mas isso é assunto para outra hora.

Vesti minhas vestes rápido demais e só tive tempo de ajeitar o cabelo para o lado em frente a um espelho, pois precisava subir o mais rápido possível para encontrar os primeiranistas e os guiar até o Salão Principal para tomarem café da manhã e em seguida até as salas para ter sua primeira aula e depois ir até a minha própria aula, que seria Feitiços o que era ótimo para mim - Obrigadinho universo.

Antes de sair do dormitório, me aproximei da orla da cama de Regulus e me abaixei até minha boca estar bastante próxima de seu ouvido - o sorriso ainda brincando sobre meus lábios, quase que correndo de uma extremidade a outra - e toquei sua bochecha com a ponta de meus dedos para por fim, sussurrar:

"Acorda, baby. Estou saindo, preciso encontrar os alunos novos para ajudá-los a achar o caminho." Eu comecei com um tom de veludo, assistindo o moreno se mexer minimamente abaixo de mim.

Pressionei o lábio inferior com meus dentes sem demonstrar piedade enquanto fazia um movimento fraco e repetitivo sobre a pele macia da bochecha de Regulus, enquanto ele ainda se mexia devagar, despertando. Ele possuía traços tão simples mas que eram tão... únicos. Eram tão dele.

"Que horas são?" Ele perguntou com a voz grave e coçando os dois olhos, o que me dera tempo suficiente para perceber que ainda estava debruçado sobre ele e me erguer depressa, passando a mão pela nuca de uma forma quase que desastrada.

"Bom dia pra você também" Eu ironizei, abrindo um novo sorriso e tentando disfarçar o meu nervosismo perante a situação a qual me encontrava, recuando uns dois passos, só por garantia.

"Sério, está muito tarde?" Regulus se sentou na cama e meus olhos pararam (outra vez) em seu peito nu, mas dessa vez sem lágrimas embaçando minha visão o que me permitiu vagar minuciosamente com os olhos por cada centímetro de pele lisa, por cada curva e cada pinta que marcava aquela parte como as estrelas que pintam o céu escuro todas as noites.

Pigarreei altamente, cruzando os dois braços na frente do corpo em sinal de defesa, enquanto tentava encarar qualquer lugar ou ponto do quarto que não fosse ele.

"Não. Eu só não quero que se atrase, teremos Feitiços no primeiro horário e eu estou animado!" Eu respondi depressa, girando nos calcanhares rapidamente e indo em direção ao meu malão desarrumado e pegando a mochila gasta.

Com o barulho produzido pelas molas do colchão sendo pressionadas eu soube sem sequer me virar para olhar que Regulus havia se deitado novamente, não deixando de sorrir inconscientemente comigo mesmo mentalizando a imagem.

𝗲𝘃𝗲𝗻 𝘁𝗵𝗲 𝘀𝘁𝗮𝗿𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗹𝘀 {bartylus}Onde histórias criam vida. Descubra agora