Epílogo

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“Quem se importa não importa e quem importa não se importa” – Autor Desconhecido

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Não há uma pessoa viva que, ao passar em frente a alegre casa dos Crouch-Black na Rue de la Fontaine (Rua da Fonte) em um dos bairros mais tranquilos de Paris, na França, não constate que certamente aquele é o lar de uma família muito, muito feliz.

E elas não estão enganadas por pensar assim.

Afinal, residia ali um Bartemius Crouch Black com quase vinte e cinco anos agora, juntamente ao seu marido Regulus Crouch Black e dentro de algumas horas - se tudo sair como o esperado, Barty quase implorava para que sim - uma linda garotinha que se chama Noah Meissa chegaria para ser a princesa daquela casa.

Anos se passaram desde o momento em que Barty e, seu namorado na época, Regulus fugiram do destino infeliz que os esperava no mundo mágico. E após muito trabalho, muita garra e muita determinação, estavam eles ali, sendo um dos casais mais bonitos que qualquer um já viu, com uma relação boa e vida social e financeira estáveis - eles conseguiram comprar uma casa e em seguida um carro com suas próprias economias - e prestes a adotar uma criança que eles acompanham desde que esta dera entrada no orfanato Raio de Sol - já que Regulus fora uma das pessoas que ajudou no resgate da mesma.

Fazia exatamente seis meses desde que a equipe do trabalho do marido de Barty e ele próprio foram pegos de surpresa quando um choro insistente e sofrível de criança foi ouvido nos fundos do Estúdio de Fotografia que Regulus trabalhava já fazia sete anos.
Quando se aproximaram, intrigados, a cena que se sucedeu foi de partir o coração, pois um bebê recém-nascido, enrolado a nada mais que apenas uma manta que era suja e fina demais, fora largado de qualquer maneira dentro de um cesto velho, próximo as latas de lixo.

O primeiro instinto de Black foi retirar a blusa de moletom que vestia sem nem pensar e se abaixou para pegar e envolver a criança - que já começava a ficar roxinha de frio - em meio a blusa, aconchegando-a em seu peito para tentar aquece-la enquanto todos a volta olhavam a cena, perplexos que estivessem presenciando um abandono de recém nascidos com os próprios olhos.

Enquanto alguns ligavam para hospitais e a autoridade local, tudo o que Black fora capaz de fazer foi abraçar aquele bebê que acabara de conhecer, com todo o cuidado do mundo, temendo que o mesmo pudesse, de fato, se partir a qualquer momento.

Regulus não saiu do lado do bebê - que assim que foi examinado por algumas enfermeiras, descobriram ser uma menininha - nem um segundo se quer.
Não preciso nem dizer em qual estado Barty chegou ao hospital, com o coração quase saltando pela boca quando Regulus avisou as pressas por mensagem onde estava.
Eles se abraçaram com tanta força quando se encontraram e Barty sentia seu coração ameaçando parar enquanto esperava o marido se recuperar para, por fim, começar a explicar o que houve.

Barty soube que Noah seria a filha deles no momento em que um Regulus chorando e com os olhos brilhando intensamente narrou o acontecimento. Ele sempre teve um sexto sentido muito forte quando se tratava de Regulus, ele não sabia como aquilo era possível, mas era capaz de sentir no fundo de seu coração. Ele simplesmente sabia.

"Vai dar tudo certo..." Foi o que Regulus disse assim que entrou no carro - Barty já o esperava no banco do carona, mexendo no retrovisor para conseguir fitar a cadeirinha de segurança já instalada no banco de trás.

"Vamos buscar a nossa princesa!" O menor quase gritou, recebendo um selinho rápido e em seguida um sorriso de orelha a orelha do marido, que já ligara o carro e fazia a manobra para sair da garagem.

Durante o trajeto, eles tentaram aliviar o nervosismo cantando músicas de uns discos infantis que fazia sucesso naquela época - ideia de Barty, alegando que eles precisavam aprender para cantar para acalmar Noah.

𝗲𝘃𝗲𝗻 𝘁𝗵𝗲 𝘀𝘁𝗮𝗿𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗹𝘀 {bartylus}Onde histórias criam vida. Descubra agora