4. Sanduíches

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(n/a): pra facilitar na imaginação a respeito da aparência das personagens eu queria dizer que o barty é inspirado no meu solzinho louis tomlinson e o reg é inspirado no skandar keynes. era só isso <3 boa leitura.


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Estar nos braços de Regulus fazia com que eu me sentisse seguro. Era uma sensação única de pertencimento. Não no sentido de posse, mas por saber que eu estava onde realmente desejava estar naquele momento, por livre e espontânea vontade.

Eu não sabia dizer, mas parecia que era o certo para mim, sabe?

Quando estava junto a ele perdia a noção de tempo e espaço, esquecia quem eu era e de todas as minhas obrigações como o filho perfeito que o meu pai tanto exigia. Era simplesmente Regulus e eu, os nossos corações batendo de modo anormalmente acelerado e nossas respirações descompensadas por motivos que ainda era um mistério ao menos para mim.

Regulus era para mim a definição mais perfeita de sorte. Sorte por tê-lo encontrado. Sorte por ele existir. Uma verdadeira divindade que veio dos céus para melhorar até mesmo os meus dias mais escuros. Ainda não haviam inventado uma palavra digna para descrever o quão especial era a minha relação com ele. Ele se resumia a tudo o que me fazia bem e tudo o que eu precisava para ser feliz; para me arrancar sorrisos sinceros mesmo em meio a tanta coisa ruim que me cercava.

Fui retirado bruscamente de meus devaneios quando o sinal indicando o fim do intervalo para o almoço soou no corredor lá fora e precisamos sair da posição que nos encontrávamos desde que Regulus disse que eu era incrível.

Yeah. Isso mesmo.

Provavelmente ele estava brincando, mas isso não impediu que uma ardência partisse de meu pescoço e se instalasse embaixo de meus olhos e meus lábios se transformasse em uma linha sinuosa quase que imediatamente.

Eu não consegui dizer nada depois daquilo e o silêncio de instalou entre nossos corpos que se tornavam cada vez mais aquecidos por estar tão próximo um do outro. Ficar em silêncio nunca me agradou muito, dizem que sou muito elétrico para isso, mas quando se tratava de nós dois, de Regulus e eu, aquilo não tinha tanta importância.

Enquanto eu pudesse sentir o cheiro de seu perfume doce suave e apertá-lo em meio a meus braços e sentir como se cada partícula do corpo dele me cercasse, nada mais era relevante...

"Que aula você vai ter agora?" Regulus perguntou em um murmúrio alguns andares abaixo enquanto andávamos em direção as salas de aula.

Eu apertei a alça da minha mochila que era estilo carteiro e parei para fitá-lo.

"História da Magia." Eu respondi com um biquinho, pois era uma das únicas aulas que não eram compatíveis em nossos horários. Regulus logo entendeu e foi notável sua chateação pelo seu semblante que de repente ficou escuro.

Meu melhor amigo tinha um histórico nos corredores da escola que era a respeito de andar sempre de cara amarrada para todos, com excessão de mim. O olhar direcionando a mim era quase sempre tranquilo e delicado, como se ele tivesse medo de me quebrar somente com ele. Eu conseguia perceber e indentificar cada um deles após todos aqueles anos de convivência, exceto quando seus olhos brilhavam intensamente e ele congelava no tempo, fitando meu rosto como se houvesse algo realmente errado nele.

Eu tentava revidar o olhar e o encarava fundo nos orbes acinzentados que ele possuía, mas acabava ficando com vergonha e desviando poucos segundos depois.

Ele sempre ganhava a nossa disputa de encarar. E eu sabia que ele adorava aquilo.

Algumas vezes eu até mesmo desistia quando claramente aguentaria mais um tempo somente para que ele sorrisse daquele jeito que era tão raro e tão verdadeiro e para mim.

𝗲𝘃𝗲𝗻 𝘁𝗵𝗲 𝘀𝘁𝗮𝗿𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗹𝘀 {bartylus}Onde histórias criam vida. Descubra agora